Sábado a Argentina ia parar. A expressão pode até parecer exagerada, mas é o que estava acontecendo em Buenos Aires onde teriamos o jogo-returno da final da Libertadores, opondo River e Boca.
No jogo de ida, na Bombonera, ocorreu um empate (2-2), com Benedetto errando, nos minutos finais, sozinho frente ao goleiro Armani, aquele que teria sido o gol da vitória do Boca.
Do ponto de vista psicológico esse lance abateu quase todo o time, tanto que Tevez, aos berros, logo após o apito final e ainda no gramado, tentou reanimar seus companheiros. “Filhos da p..a, levantem a cabeça, vamos ganhar deles lá no Monumental” gritava Tevez.
Naturalmente era impossível saber qual seria o estado psicológico do Boca, se tivesse sido bem trabalhado, no sentido de incutir nos jogadores que o pior já tinha passado e agora não tinha mais nada a perder, poderia ser que eles conseguissem enfrentar o River de igual para igual.
Para o River, pelo contrário, aquele empate no “fortim” do adversário teve sabor de vitória e o time está convencido de que pode derrotar o Boca e levantar uma Copa Libertadores que será lembrada para sempre.
Pois esta 59.a final será a derradeira no esquema de jogos de ida e volta. A partir do ano que vem a final, à exemplo da Champions, a final será em jogo único, em cidade e estádio previamente escolhidos. Por sinal, será no Estadio Nacional, em Santiago do Chile.
Contudo, um bando de delinquentes (não encontro outra qualificação…) resolveu apedrejar o ônibus do Boca quando chegava ao Monumental, ferindo dois jogadores e fazendo com que o jogo, após muitos adiamentos e outras tantas discussões, fosse adiado para uma data a ser decidida amanhã na sede da Conmebol. Mas ninguém sabe se teremos realmente este segundo jogo, pois o Boca entrou com uma petição para imediata aplicação do regulamento e ter assim jogo ganho por 3-0. Lembrando que, em caso parecido, foi o Boca a ser assim penalizado tempos atrás…