Ilha de San Andrés, mar das sete cores, temperatura excelente para belos mergulhos e para saborear deliciosas bebidas.
Acredito que muitos brasileiros já tiveram a oportunidade de conversar com Argentinos, Paraguaios, Chilenos, Uruguaios, Equatorianos, Bolivianos, Peruanos e Venezuelanos. Confesso que nunca tive dificuldades para me comunicar com eles. Mas… não sei por que com os Colombianos foi diferente. Assim que desembarcamos em Bogotá (4 horas e meia de vôo) procuramos saber onde seria feita a conexão para a Ilha (mais 2 horas de vôo). Até as atendentes da companhia aérea não faziam o menor esforço para falar pausadamente. Conversavam conosco como se estivessem falando com suas colegas de trabalho. Por mais que eu pedisse para que falassem mais devagar, mais elas tagarelavam. Contamos então com a ajuda de alguns passageiros mais experientes que nos ajudaram. Tínhamos que ir ao Terminal 2. Ah, ainda temos 4 horas podemos ficar tranqüilos. Nada disso. O Terminal 2 fica tão longe que é preciso pegar um ônibus circular dentro do aeroporto. Correria e alguma demora para o tal ônibus chegar.
Beleza, chegamos ao Terminal, o avião saiu no horário. Chegamos em San Andrés à noite e o taxi nos levou ao “Hotel” (depois explico as aspas.) 14 mil Pesos Colombianos, aproximadamente 16 Reais. Para uma viagem de…. 3 (três) minutos. O Hotel ficava a 1500 metros do Aeroporto. Dava pra ir a pé,mas cansados e com malas pra carregar,tudo bem. No “Hotel” eu desforro. Afinal o “pacote” era All inclusive. Pensei: Vou encher a cara, tomar um belo banho e cair na cama, pois queria acordar cedo pra conhecer as praias.
Entramos no quarto. Primeira coisa que faço é conhecer o banheiro. Duas torneiras na pia e no chuveiro. Óbvio, uma de água quente e outra de água fria. Certo? Errado. A de água quente sequer sai água. E a de água fria é….. salgada !!!!!!
Isso mesmo, água salgada. Desço até a Recepção para, digamos perguntar ainda com um pouco de educação e como resposta, que eu consegui entender: “Si senõr, agua salobre y no hay agua caliente”.
Resumindo, tivemos que ir a um Supermercado comprar água mineral para, pelo menos escovar os dentes e uma leve enxaguada após o banho.
Bueno, la primera impresión no fue la mejor.
E todos, eu digo TODOS os hóspedes extremamente mal educados. Queriam entrar nos elevadores sem deixar os que estavam dentro, sair primeiro. Era uma loucura, o que gerou vários bate-bocas. Eu não entendia o que eles falavam e eles não entendiam meus palavrões, então empatamos. Mas confesso que os outros sete dias compensaram.
Praia
Primeiro dia: a praia foi deslumbrante, afinal o “Hotel” era “pé na areia”.
Pegar cerveja no bar da piscina e ficar na praia, era tudo que queríamos. Confesso que abusei das “latinhas”,Margaritas ,etc.
Segundo dia : alugamos um mini buggy tipo carrinho de golfe e tinha o elétrico e à gasolina. Ficamos com o segundo que era mais confiável e fomos dar a volta na Ilha. Das 8 às 18 hs. Tempo de sobra para conhecer locais maravilhosos para um bom mergulho. Máscara e snorkel e visibilidade “infinita”. Realmente é um aquário deslumbrante. Saltos de trampolim e toboágua.
Mais alguns quilômetros até o Restaurante Paraíso (literalmente), comida deliciosa e barata.
Mais adiante chegamos em uma praia pequena e aconchegante. Há uma ilhota em frente, a uns 500 metros da praia onde se chega a pé com água pela cintura. Nada igual por aqui.
De volta ao centro da cidade para completar o tanque e devolver o carrinho. Gastamos 13000 Pesos de gasolina (mais ou menos 15 Reais)
Agora tentamos chegar na Piscina do “hotel”. LOTADA. Então que tal uma Piña colada, a melhor bebida?
Terceiro dia: Praia
Quarto dia: passeio à Ilha Johnny Cay, outro Aquário, que mar é aquele !!!!!!
para o almoço degustamos um peixe delicioso, cerveja AGUILA, sorvete e cansaço ,delicioso cansaço.
Quinto dia: já pensando no final do passeio então… praia.
Hora de voltar. Ficaríamos um dia em Bogotá antes de voltarmos para São Paulo.
Hora de voltar pra casa
Pensando seriamente em ir a pé até o aeroporto de San Andrés. Afinal, o que são 1500 metros?
O problema seria arrastar as três malas pela calçada irregular. Poderia danificar as rodinhas. Então combinei com um motorista de taxi mal encarado para nos pegar às 19:30 hs na porta do “hotel”.
19:45…nada do TAXI. Por sorte (“sorte”) havia outro à disposição que concordou em nos levar por “apenas” 12000 pesos (14 Reais) pelos 3 minutos.
Enquanto estávamos na fila do Check-in, apareceu a nossa frente um senhor mal encarado perguntando se éramos hóspedes do “hotel” Blue Tone. Gelei, pois achei que era o tal motorista que não havia chegado na hora combinada. Felizmente não era. Era só para agilizar o embarque.
Voamos para Bogotá. Chegamos à meia noite e fomos para o Hotel Ambalá (simpático, e aconchegante). Finalmente tomamos banho com água doce e morna. Em Bogotá estava frio.
Pela manhã tomamos café e fomos passear pelos arredores do Hotel. Ruas estreitas com construções estilo colonial bem conservadas. Após algumas tentativas de sacar dinheiro nos caixas eletrônicos, finalmente pegamos um TAXI e fomos conhecer o Famoso Santuário de Monserrate.
Até aquele momento eu não tinha me dado conta de que Bogotá fica a 2600 metros de altitude. Só mesmo quando o Rafael (meu filho) deu sinais de uma certa indisposição.
Subiríamos mais uns 500 / 600 metros por um Funicular até o Santuário.
Ao chegarmos lá em cima a coisa piorou e só depois de um pequeno socorro com oxigênio é que melhorou. Não sei por que eu não senti (muito) o efeito da altitude.
Caminhamos pela Via Crucis, bem ilustrada com belas esculturas do martírio de Jesus até chegarmos ao santuário. Lindo, simplesmente LINDO.
Como não poderia deixar de ser, havia uma feirinha com todo tipo de lembranças. Mas o que eu gostei, e nos fez bem, foi beber o famoso Chá de Coca. Realmente revigorante, mas nada a ver com a famosa droga.
Voltamos de teleférico e havia um taxi que nos levaria ao hotel por 25000 pesos.
Descemos imediatamente, pois pagamos 5000 para ir, por que pagaríamos 25000 pra voltar?
Por sorte uma Guia turística percebeu e nos ofereceu uma condução por 5000.
Voltamos ao Hotel, check-out e Aeropuerto El Dorado. Aquele mesmo do programa da Nat Geo onde mostram apreensões de drogas.
Embarque Bogotá / Lima, Lima / São Paulo. Com cenas típicas de filme de suspense, apreensão, nervosismo, cansaço, etc. Tudo porque o vôo Bogotá / Lima atrasaria “só” 3 horas. Resultado, a conexão Lima / São Paulo estaria seriamente comprometida e corríamos o risco de ficarmos um dia em Lima para voarmos para SP.
Finalmente a Companhia aérea decidiu segurar por algumas horas o avião Lima / SP e com isso, saímos de um avião correndo e entramos no outro.
Chegamos em SP às 6 h da manhã.
Chegamos? Sim, menos uma das malas, que chegou em casa 4 dias depois.
Com todos os pequenos aborrecimentos, típicos de toda viagem, eu recomendo o passeio pela MARAVILHOSA SAN ANDRÉS!