Terminada, com o GP da Itália em Monza, a fase européia, o mundial começa agora uma série de viagens que levarão o espetáculo à Ásia e às Américas, antes de retornar, para a etapa final, na Ásia, com o tradicional GP de Abu Dahbi.
Esta de domingo é a corrida noturna que mais custou, em termos de construção do circuito, iluminação e realização. Mas todos (ou quase todos) concordam que o resultado do investimento foi excelente. A ponto de, quando se fala em modificações do calendário, ninguém põe em dúvida Cingapura que ganhou um lugar de grande destaque na temporada.
O circo chega neste fim de semana a Cingapura com o inglês Hamilton líder isolado e larga vantagem sobre o segundo colocado. Vettel, distanciado de 30 pontos. Isto significa, em termos práticos, que a luta pelo titulo só poderia ser aberta caso Hamilton não marcasse pontos num GP e, ao mesmo tempo, Vettel vencesse.
Como Hamilton este ano praticamente não tem errado, pode-se (e claramente os torcedores da Ferrari se apegam a isso) apenas pensar num grave problema mecânico da Mercedes do inglês, obrigando-o a desistir. Uma eventualidade sempre possível em corrida, mas, pelo que vimos até agora este ano, algo improvável. Assim, a cada corrida que passa, reforça-se o favoritismo de Hamilton, que em minha opinião despontou claramente no GP da Alemanha, quando Vettel, na liderança, bateu e jogou fora nada menos que 32 pontos. Os 25 de sua vitória e os 7 que teria tirado de Hamilton, coisa que lhe permitiria – hoje – ser o líder do mundial, 2 pontos à frente do rival.
No circuito de Marina Bay, em Cingapura, não parece haver favoritismo técnico de Ferrari ou Mercedes, o que deixa prever uma acirrada luta desde o treino oficial de sábado, na busca da pole. E será importante ver como vai se portar Raikkonen de quem, no começo da semana, a Ferrari anunciou a não renovação de contrato para 2019, quando será substituído pelo jovem Leclerc. Como Raikkonen irá para a Sauber, com um contrato de 2 anos, ninguém sabe, por ora, qual será a motivação que lhe resta para ser o “fiel escudeiro” de Vettel e não tentar fazer uma corrida para si. Como, com toda razão, fez em Monza…Aliás, em sua primeira entrevista em Cingapura, Raikkonen foi bem claro : “a Ferrari me mandou embora. Fui avisado em Monza”. E no primeiro dia de treinos foi o mais rápido, enquanto Vettel batia no muro…
F1, agora é em Cingapura
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