O Corinthians anunciou que Osmar Loss não comandará mais o time nesta temporada. No entanto, ele segue na comissão técnica do clube.
A ‘demissão’ de Loss é marcada por uma série de erros e acertos. E, para analisar o caso, é preciso voltar no tempo.
Com a venda de Carille para o futebol árabe, o Corinthians acreditava que a antiga aposta, de promover o auxiliar-técnico, teria o mesmo sucesso.
Osmar Loss fez um trabalho impecável nas categorias de base do Corinthians, mas isso não diz muito sobre manter o nível no time principal.
Além disso, o sucesso de Carille veio com um projeto exercido a longo prazo. Quando Tite foi demitido, Cristóvão Borges assumiu e teve uma passagem catastrófica. Assim, Carille assumiu a cadeira deixada por Cristóvão, mas não apresentou resultados positivos de imediato e descendeu ao cargo de auxiliar, sendo assistente de Oswaldo de Oliveira.
Após novo desastre de trabalho, sob a era Oswaldo de Oliveira, Carille reassumiu o posto de treinador do Corinthians. Mostrou-se melhor preparado à diretoria e, como consequência, teve uma das mais vitoriosas passagens de um treinador pelo clube.
A situação na qual Loss se encontra hoje é semelhante a qual Carille passou quando assumiu o posto de Cristóvão Borges — o Corinthians, naquela época, ainda sentia falta de Tite. Hoje, sente falta de Carille.
Loss não é ruim. Muito pelo contrário: ele tem boas ideias e apresenta-se ao futebol brasileiro com potencial a ser diferenciado em uma nova geração de treinadores do país.
Hoje ele não está preparado para fazer milagres no Corinthians — com o atual time, apenas milagres dariam títulos de grande expressão.
Os melhores jogadores saíram, e as peças que foram repostas não corresponderam à altura.
Realmente é difícil de realizar um trabalho assim; mas, resumindo foi dito anteriormente, Loss ainda não está preparado para fazer milagres no Corinthians, como Tite e Carille fizeram. No futuro, acredito que ele conseguirá.
Agora, chega Jair Ventura. Lembrado por um belo trabalho realizado frente ao Botafogo e de um péssimo sob o comando do Santos. Ainda é cedo para traçar qualquer prognóstico. Por ora, cabe apenas desejar sorte a ele.