Com o passar dos anos, o Honda Civic foi crescendo em tamanho e abrindo um vasto espaço na gama de sedans, pois o Fit, que fica neste espaço, é um hatch. Assim a Honda entendeu que estava na hora de ocupar este espaço e, partindo da base do Fit, montou um sedan. A este deu o nome de City e este carro ficou muito parecido, como tamanho, ao Civic de 10 anos atrás.
Para ver de perto o que este City, que foi bem recebido pelo mercado, apresenta, rodamos com o modelo de tope, denominado EXL, num total de 460 quilômetros. Desses, 70 km foram no conturbado trafego urbano e 390 km em estrada, sempre com o ar condicionado ligado e observando rigorosamente os limites de velocidade.
Utilizando gasolina comum, obtivemos a média geral de 14,2 km/l, que entendemos ser bastante positiva e representativa do que o carro pode fazer. Naturalmente isso depende diretamente da forma de dirigir, o que poderá produzir resultados bem diferentes dependendo do motorista.
Seu motor é o conhecido 1.5 de 116 cv a 6.000 rpm, com uma faixa de torque bem aproveitável e pico de 15,3 kgfm a 4.800 rpm, que está perfeitamente adequado ao que o carro se propõe. Isto é, ser um veículo de turismo sem qualquer apelo esportivo.
Isso, aliás, se evidencia pela utilização de uma transmissão CVT que confere ao City um rodar tranquilo e agradável, inclusive pelo bom trabalho de insonorização geral. Os ruídos que permanecem são os de rolamento dos pneus (maior ou quase imperceptível, dependendo do tipo de asfalto) e os ruídos aerodinâmicos. Estes somente em velocidades superiores a 100 km/h.
No todo o City é bem confortável, sua suspensão (independente McPherson na frente e eixo de torção atrás) absorve facilmente as imperfeições do solo sem, para conseguir isso, ser demasiadamente mole, a frenagem é correta e o sistema (discos ventilados na frente e tambor atrás) não apresenta, mesmo em uso prolongado, sinais de “fading”.
Por outro lado, a utilização de uma assistência elétrica para a direção gasta uma percentual mínima da potência oferecida pelo motor, ao contrário dos tradicionais sistemas hidráulicos. E o reduzido diâmetro de giro (são apenas 10,6 metros) permite manobras fáceis e imediatas.
O acabamento interno tem o costumeiro cuidado que a Honda dá a seus produtos e, por fim, o porta-malas é bem amplo, com um total de 536 litros de capacidade.
Em suma, este Honda City é um bom carro…que custa, nesta versão de tope, R$ 83.400 reais.