Em 1974 a VW entendeu ser necessário lançar um sucessor para o Fusca (embora o mantivesse ainda em produção), e apresentou então o Golf. Um carro popular, de 3 ou 5 portas, que visava um púbico o mais amplo e heterogêneo possível. O Golf tinha duas opções de motor : 1.1 , de 50 cv e 1.5 de 70 cv e assim atendia a todos.
E o carro foi logo um sucesso. A tal ponto que a VW resolveu abrir um novo nicho de mercado : o do hatch esportivo. E do Golf nasceu a versão GTI, equipada com um motor 1.6 com injeção que desenvolvia nada menos que 110 cv, uma marca muito importante para a época. E esse Golf GTI, disponível apenas com carroceria de 3 portas, logo fez sucesso. Seu aspecto esportivo era realçado pelas cores laranja e preto de sua carroceria, pelos pneus mais largos e pelos para-choques também alargados. Tornou-se um dos mais ambicionados por todos aqueles, moços ou nem tanto, que desejavam um carro com características esportivas mas não tinham dinheiro para comprar um Porsche ou, muito menos, uma Ferrari.
A partir daí, o Golf GTI foi sendo modificado, em séries sucessivas (a sétima foi lançada em 2012, com facelift em 2017) e hoje se apresenta, aqui no Brasil, com um motor de 230 cv (na Europa existe a versão R com 310 cv) de 1.984 cm³ que atinge esse pico numa ampla faixa de rotação, de 4.700 a 6.200 rpm. A isso se soma um excelente torque (são 35,7 mgkf de 1.500 a 4.600 rpm) que torna o carro pronto a obedecer aos comandos do acelerador. Dirigí-lo se torna assim muito agradável e não ha quem se queixe disso, mesmo que as estradas de São Paulo, com sua buraqueira infinita, ponham à prova sua suspensão, projetada para dar ao carro o máximo de estabilidade com relativo conforto. De qualquer forma, tão logo o GTI encontra uma pavimentação lisa, ele mostra do que é capaz.
A isso se soma um excelente câmbio de dupla embreagem (DSG) e 6 marchas, de engates suaves e precisos, e um sistema de frenagem, com discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, que para o carro em espaços reduzidos, sem qualquer desvios de trajetória.
O conjunto transmite assim uma sensação de absoluta segurança que pode até levar o motorista menos experiente a ultrapassar os próprios limites, mas aí normalmente intervém a parafernália eletrônica existente no carro para evitar maiores problemas.
Aliás é interessante destacar que o GTI oferece 3 formas diferentes de atuação : Eco (em que se privilegia a economia de combustível, com as marchas sendo trocadas a 1.500 rpm)), Normal (trocas a 3.000 rpm) e Sport ( trocas a 5.000 rpm e direção se torna mais dura). Além disso, existe uma quarta opção, denominada Individual, em que o motorista pode escolher a opção preferida (por exemplo, trocas a 1.500 rpm mas direção mais dura, ou o contrário, trocas a 5.000 rpm e direção leve).
Quanto ao acabamento está dentro dos elevados padrões a que a indústria alemã já nos acostumou, mesmo (e isso deve ser destacado) nos locais que não estão diretamente expostos à vista do usuário e onde várias montadoras aproveitam para reduzir os custos de produção.
Em suma, é difícil encontrar um defeito neste Golf GTI…talvez o preço, de R$ 143.790 , seja o único.