O GP da Austria apresentou um desfecho que, na véspera, parecia impossível : triunfo de Verstappen com sua Red Bull, Vettel novamente líder do Mundial e Ferrari líder da Copa dos Construtores.
Este desfecho era inesperado pois tanto nos treinos livres como na definição do grid de largada a Mercedes mostrara ampla superioridade sobre Red Bull e Ferrari. A ponto de conquistar facilmente a primeira fila, com pole de Bottas e segundo lugar de Hamilton, distante apenas 16 centésimos de segundo.
A expectativa, então, era da Mercedes monopolizar uma vez mais (desde 2014 sempre vencera na Áustria) os dois primeiros lugares do pódio deixando o terceiro para a disputa entre as Red Bull e as Ferrari. Ainda mais pela fato de Vettel, que largaria em 3º, ter sido penalizado e obrigado a largar em 6º por uma irregularidade cometida no treino oficial.
Dada a largada, contudo, as coisas começaram a mudar. Raikkonen largou muito bem, como Hamilton, enquanto Bottas largava mal e os dois disputaram o primeiro lugar, até que Raikkonen, que ficou encaixotado entre dois carros, teve que tirar o pé para não bater e caiu para trás. Aí foi Verstappen quem melhor se aproveitou da situação, para perseguir de perto Hamilton, até que uma bandeira amarela mudou tudo. Os principais concorrentes aproveitaram parta trocar pneus enquanto Hamilton ficava na pista. E ao fazer seu pit-stop, Hamilton caiu para o quinto lugar enquanto na 14.a volta Bottas era obrigado a desistir, por um problema mecânico.
De qualquer forma, Hamilton, que pulou para 4º, não teria tido chance de vencer mas na 64.a volta foi a vez de seu motor pifar, protagonizando uma dupla desistência, por problemas mecânicos, que não se viu ha muitos anos na Mercedes. Só em 1955, isto é 63 anos atrás, em Monza aconteceu dos dois carros da Mercedes quebrarem sozinhos, sem qualquer choque com outro carro !
Aí, com Verstappen conseguindo controlar o ataque de Raikkonen e Vettel tranquilo em terceiro, este pódio inesperado mudou todas as classificações.
No mundial de Pilotos Vettel assumiu de novo a liderança, com 1 pontos de vantagem sobre Hamilton enquanto na Copa de Construtores a Ferrari pulou para o primeiro lugar, com 10 pontos de vantagem sobre a Mercedes.
É interessante lembrar que, desde 2014, a Mercedes vencera, neste circuito, todos os GPs lá disputados. E agora a vitória coube a um carro da Red Bull, firma que patrocinou a reforma desta pista austríaca mas que jamais tinha conseguiu saborear o gosto de um triunfo “em casa”.
Agora resta esperar o que vai acontecer no próximo domingo em Silverstone, uma pista de alta velocidade, onde o motor fala mais alto…