Em todos os jogos das quartas-de-final e das semifinais da Copa do Mundo aconteceram gols que foram originados de jogadas aéreas. Essa foi a grande chave para que França e Croácia chegassem à decisão do torneio.
A França, com Umtiti, de cabeça, abriu o placar contra a Bélgica e depois parou diante de Courtois. Os franceses, no geral, foram superiores aos belgas, as estatísticas até provam isso, mas o que realmente conta no fim é o resultado final.
A Croácia, dona de um pragmatismo ímpar, bateu a Inglaterra, de virada, graças a jogadas pelo alto. No primeiro gol, Perisic se antecipou, aproveitou a falha de Walker, e pôs para o fundo das redes. No segundo, já na prorrogação, o lance se origina de um lançamento à área. Após bate e rebate, a bola sobra para Mandzukic, também tirando proveito de nova falha de Walker, que desempatou.
A Copa, até aqui, apresenta alguns pontos interessantes. Não vence o torneio o time com o futebol mais bonito, técnico e agradável. Vence aquele que conquistar resultados.
O Brasil, estatisticamente, fazia uma campanha impecável, e caiu.
A Croácia, garantiu vagas nas quartas e nas semis após sobreviver a três prorrogações.
Chega a ser incomum apresentar um futebol de alto nível técnico, pois chega a um ponto em que o nervosismo toma conta das ações, e soma-se a isso o alto desgaste físico que a competição causa. Justifica-se, portanto, o número absurdo de jogadas aéreas adotadas nos jogos decisivos, porque trabalhar a posse de bola para criar jogadas de infiltrações fica cada vez mais complicado.
Em suma, melhor jogar no erro do adversário do que em meu próprio acerto.