Assistindo à vitória do Corinthians sobre o Cruzeiro, por 2 a 0, deu pra perceber que o torcedor alvinegro vive um misto de emoções durante o jogo.
Às vezes sente sono, com aquele jogo feio amarrado no centro do campo. Às vezes passa estresse, com o número altíssimo de passes errados, de domínios mal executados e de falhas comprometedoras. E outras vezes, sente felicidade, quando os atacantes marcam gols — mas sempre contando com erros de marcação do adversário. De todo modo, é um motivo para celebrar.
A impressão que eu tive, ainda no início do segundo tempo, é de que chega até ser chato assistir aos jogos do Corinthians, e isso, de fato, pode ser atribuído ao Campeonato Brasileiro como um todo, em razão de ser formatado em 38 sonolentas erradas para um nível baixo de futebol.
Pouco se vê, atualmente, dribles e jogadas que são reprisadas por horas e horas nos programas esportivos de televisão. Quando surge algo irreverente no país, é um garoto que possui um estilo mais leve e mais agradável de ser assistido, mas que em breve será vendido para o exterior.
Esse seria Pedrinho, que mudou o cenário da partida quando foi a campo. Jadson que deveria ser o cérebro das jogadas do Corinthians, foi o menos participativo — acertou apenas 32 passes.
De atletas irreverentes, sobraram poucos, e a tendência é de que a escassez aumente.