A França chega a mais uma grande decisão. Em 1998, conquistou o título mundial, em casa, após uma campanha construída na base da emoção. O nocaute dado sobre o Brasil acabou com uma série de questionamentos que tinham respeito à seleção naquele ano. Depois disso, veio a consolidação no topo do mundo, reafirmada dois anos mais tarde, na conquista da Eurocopa.
O Mundial de 2002 foi para ser esquecido — caiu na primeira fase sem ter marcado um gol sequer. Já o de 2006, é para ser lembrado. Perdeu a final daquele ano porque perdeu a cabeça — a cena de Zidane para cima de Materazzi diz muito sobre isso —, mas dava provas de que seria temida por anos.
Veio, então, um fraco desempenho na Copa de 2010 e uma queda nas quartas-de-final, em 2014. A questionada França ainda sonhava com o topo do mundo, e deu um grande passo para isso ao decidir a Eurocopa de 2016. Não ganhou.
Dessa vez, não há dúvidas sobre o favoritismo francês para a conquista do Mundial da Rússia. O que realmente falta, é a confirmação.
E para se consolidar, novamente, no topo do mundo, a França conta com uma geração de ouro. Me preocupava o fato de contar com muitos jovens no elenco, mas dos males, esse realmente foi o menor.
A França joga com uma linha de quatro para a defesa, conta com dois pontas velozes e um homem de referência no ataque. Didier Deschamps arma seu time no 4-3-3, que eventualmente varia para o 4-1-4-1. Pogba e Kanté foram um dos maiores trunfos da campanha francesa, dando a cadência necessária para o meio-de-campo.
Quanto a Mbappé, Griezmann e Giroud, a atuação do trio dispensa comentários.
Dependendo de sua atuação na final, Mbappé pode ser o craque da Copa, mas acredito que esse prêmio pertença a Modric. O francês, certamente, levará o troféu de jovem destaque do Mundial.
Mas fato é que ele já é uma das maiores certezas do esporte no mundo, e que, num futuro muito próximo, será o sucessor do posto que ora é ocupado por Messi, ora por Cristiano Ronaldo.