Duas vagas nas quartas-de-final foram decididas hoje, em cobranças de pênaltis. Rússia e Croácia avançaram de fase. Dinamarca e Espanha ficaram pelo caminho.
Quatro seleções e cada uma apresentou uma proposta diferente. Apesar o resultado final ter sido definido da mesma forma, apenas uma dessas realmente deu certo.
O duelo entre Espanha e Croácia não foi tão agradável de ser assistido — proporcionou um clima meio sonolento, que só teve emoção nas penalidades. As propostas das duas equipes eram absolutamente claras.
O propósito da Espanha era de valorizar a posse de bola e encontrar espaços na defesa russa. Quando encontrou, parou no inspirado goleiro Akinfeev. De resto, pouco agrediu os donos da casa, e por isso o resultado final foi vergonhoso para os espanhóis.
Já o da Rússia, confirmado por Akinfeev após a partida, era de realmente levar o jogo para os pênaltis. O desgaste físico mostrou-se como um adversário extra, mas ainda assim a estratégia deu mais do que certo.
Quanto a Croácia e Dinamarca, a história foi um pouco diferente. O jogo, em seus primeiros lances, aparentava ser o melhor do torneio. Com 1′ de jogo a Dinamarca abre o placar. Aos 4′, o empate croata. Depois disso, a normalidade.
A Croácia tinha o jogo nas mãos. Valorizava a posse de bola e ia para cima do adversário. Era mais objetiva, bem diferente da Espanha, por exemplo.
Já a Dinamarca, deixava a bola para o adversário. Quando retomava a posse, tentava ser cirúrgica.
Nenhuma das propostas efetivamente deu certo. Quiçá a da Croácia estivesse mais perto de seu sucesso, na prorrogação, mas Modrić desperdiçou um penal no momento maia crítico da partida.
Na decisão por pênaltis, brilharam os goleiros. Kasper Schmeichel mostrou que pode trilhar os mesmos caminhos do pai Peter; mas Subasić, que havia falhado no primeiro minuto de jogo, se redimiu, pegou três penais e ficou com o brilho maior da noite.
Agora a Croácia pega a Rússia, e as chances dos croatas chegarem a uma inédita final aumentaram, justamente pelo caminho da chave ser mais tranquilo.