A Croácia tornou-se uma das maiores surpresas deste Mundial. Em sua quinta disputa de Copa do Mundo, conseguiu o feito inédito de chegar à grande decisão do torneio.
Superou o grupo da morte com autoridade e, consequentemente, caiu em uma chave “mais tranquila” no mata-mata. Conquistou a vaga na final na base da raça e com forte pragmatismo; mas, sobretudo, chegou à decisão porque tinha um padrão de jogo muito bem definido e porque contou com as excelentes atuações de Modric.
Todas as jogadas de perigo precisam passar pelos pés do craque do Real Madrid. Ele é o cérebro do time, e faz funcionar todo o setor de ataque. É a partir dele que Mandzukic trabalha.
Tomando como exemplo o duelo contra a Inglaterra, na semifinal, os números de Modric são incríveis, especialmente os que remetem a posse de bola. Frente aos ingleses, foram 55 passes realizados e, desses, errou apenas dois.
Se o estilo de jogo croata preza pela posse de bola e movimentação no ataque, para realizar infiltrações e, até mesmo, trabalhar o posicionamento na área para o jogo aéreo, Modric é uma peça fundamental para operar todo o meio-campo.
Outro que também auxilia na contenção do time, contribuindo para a dinâmica do jogo croata, está Rakitic. É justamente ele quem dita quando o time ataca ou defende.
Por fim, não podemos esquecer de Rebic, Perisic e Mandzukic, os maiores responsáveis pelas conclusões das jogadas. Os dois primeiros atuam como velhos pontas de lança, enquanto o terceiro tem como única missão colocar a bola para o fundo das redes — um aspecto interessante sobre o centroavante é que ele fez apenas quatro finalizações em toda a Copa, sendo a última a mais importante da história da Croácia em Copas.
Um possível título conquistado no domingo seria, de fato, uma grande surpresa; mas não seria nada ilógico.