O Brasil bateu o México, por 2 a 0, com extrema autoridade. Fechou-se quando foi necessário, e quando se lançou ao ataque contou com as excelentes atuações de Neymar e Willian.
Agora, resta esperar a definição de Bélgica e Japão, que disputam vaga nas quartas-de-final, daqui a pouco, às 15h.
O jogo
A etapa inicial da partida pode ser dividida em duas partes. Na primeira, México propunha as ações do jogo, enquanto o Brasil se mantinha absolutamente fechado. Em 20 minutos, vimos — o que até então era novidade para o time de Tite — ‘rifões’ da Seleção Brasileira para o campo de ataque. Isso porque o México pressionava a saída de bola brasileira.
Um aspecto muito interessante a ser ressaltado é o de que Osorio, para se defender, espelhou seu esquema tático na formação brasileira — o 4-1-4-1. Isso ocasionou um grande congestionamento no meio-de-campo do Brasil. E o que mais me chamava a atenção era a compactação mexicana, que chegava ao ataque com muita velocidade e com pelo menos três atletas.
Assim, tratava-se de um jogo em que o México jogava e que o Brasil estudava.
Na segunda parte da etapa, no entanto, o Brasil conseguiu encaixar sua proposta de jogo, especialmente por jogadas individuais de Neymar; mas sempre acabava para em Ochoa — é impressionante como ele cresce diante de seleções grandes.
Para a etapa complementar, o Brasil voltou diferente. A preocupação de Tite era justamente em relação à compactação e a essas chegadas em blocos do México, e conseguiu corrigir.
O Brasil passou a tomar conta do meio-de-campo, e não demorou muito para abrir o placar. Com cinco minutos, Willian fez a sua melhor na Copa e serviu Neymar, que empurrou para as redes.
E que partida do Willian!
A Seleção de Tite tomou as ações da partida, e a maior porcentagem de posse de bola passou a ser do Brasil. O México começou a ser mais cauteloso, se fechou e passou a apostar nos contragolpes.
As jogadas de ataque do Brasil se concentravam pela esquerda, com Coutinho ou Neymar, que cortavam para o centro buscando a finalização.
A partir dos 30′, o México lançou-se ao ataque, e Tite foi obrigado a colocar Fernandinho em campo. Mais fechado, a Seleção mostrou que sua defesa é, de fato, uma das melhores da Copa e não ofereceu espaços aos mexicanos.
Coube, então, a Neymar arrancar um fatal contragolpe para deslocar Ochoa e servir Firmino, que fechou a conta.
Foi mais uma atuação convincente do Brasil. Cada vez mais, a equipe de Tite mostra-se como grande favorita ao título.