Enfim, começou a parte mais interessante da Copa! Argentina e França protagonizaram o melhor duelo que o torneio já nos pôde proporcionar: um confronto de sete gols, marcado por duas viradas de placares.
A França fez uma partida muito boa. Do ponto de vista coletivo, o destaque vai para marcação, feita por duas linhas de quatro, com Kanté anulando Messi, inclusive os passes que chegaria ao craque. Quando o atleta do Barcelona pegava na bola, já havia pelo menos dois franceses em sua sombra.
Do ponto de vista individual, o nome do jogo foi Mbappé, que aos 19 anos já fez história em copas. Sofreu um pênalti no início do jogo — convertido por Griezmann — e marcou dois gols. Pavard fechou a conta com um dos gols mais bonitos que veremos neste ano.
Já a Argentina, encontrou três gols: dois, marcados por Mercado e Aguero, por meio de jogadas de Messi — nos poucos momentos que a marcação francesa se descuidava do craque argentino — e num belíssimo chute de Di María, que entrou no ângulo na situação mais crítica dos sul-americanos no primeiro tempo.
Para mim, ficou claro que a participação da Argentina no Mundial da Rússia é puro reflexo de todo o caos vivido durante o período preparatório. Há parcela de culpa para todos os lados (dirigentes, Sampaoli, jogadores), mas colocar o maior demérito na conta de Messi é crueldade.
O time não jogava para ele, muito menos em função dele. A Argentina esteve muito longe de demonstrar seu maior potencial, inclusive no papel — até agora não consegui entender a razão de Dybala ser banco.
Agora, encerra-se um ciclo para Argentina e inicia-se uma nova era, com uma nova geração.
Uruguai 2 x 1 Portugal
O professor Óscar Tabárez nos proporcionou uma aula de sistema de marcação hoje, frente a Portugal. Os dois belos gols de Cavani realmente foram fundamentais para a classificação celeste, mas a defesa, sobretudo, foi o grande trunfo para sair com a vitória. Vale lembrar que Uruguai sofreu apenas um gol em quatro jogos, e por isso garante bem seus seus resultados.
E assim, a Copa também perde Cristiano Ronaldo, que nunca marcou um gol sequer em jogos eliminatórios pelo torneio — igual Messi. Neste Mundial, a história do craque português se alinha à do argentino, no aspecto de que é praticamente impossível levar nas costas suas equipes à decisão.