Após o quarto lugar da Copa de 2006, a força de Portugal sempre foi bastante questionada, mesmo contando com o melhor jogador do mundo no grupo. Os questionamentos foram silenciados depois da conquista da Eurocopa de 2016. Foi daquele jeito: estilo extremamente pragmático, com muita organização defensiva e vitórias apertadas.
Mas a seleção que chega à Rússia é diferente da que venceu o Continental na França. Os jovens Bernardo Silva, de 23 anos, e André Silva, de 22 anos, deram qualidade ao ataque, sem esquecer de Cristiano Ronaldo, é claro. Já a defesa, maior trunfo para a conquista da Euro, conta jogadores mais velhos e lentos (Pepe, 35 anos, e Fonte, 34 anos) e não tem mais a mesma qualidade.
Como jogam?
O estilo de Fernando Santos não tem muitas definições certas. À princípio, para este Mundial, teve manter o pragmatismo que rendeu o título da Euro, especialmente quando enfrentar seleções mais fortes. Assim, a minha projeção para a estreia contra a Espanha é de que atue na base dos contragolpes.
Nas jogadas de contra-ataques, a maioria delas deve passar pelos pés de Cristiano Ronaldo, pela ponta-esquerda. Há também João Mário, pelo outro lado do campo (ou o experiente Quaresma). Pelo meio, esse tipo de jogada pode ganhar velocidade com os passes de Bernardo Silva, jogador que é peça assídua no Manchester City de Pep Guardiola.
Vale ressaltar um dado importante: Cristiano Ronaldo foi vice-artilheiro geral das eliminatórias, com 15 gols.