Fazer o maior número de versões possíveis, usando a mesma plataforma, tornou-se praticamente obrigatório na indústria mundial. E a Nissan não fugiu a este compromisso, com sua plataforma denominada Nissan V (o código da montadora é P15), aqui no Brasil utilizada inicialmente no March, depois no Versa e sucessivamente num crossover que recebeu o nome de Kicks e que, este ano, tomou o lugar do Nissan Juke nos Estados Unidos.
Trata-se de uma incursão num mercado cada vez mais interessante, com este Kicks que, nesta sua segunda série (a primeira foi lançada em 2016 e era importada do México), tem motor de 1.598 cm³, de curso longo (diâmetro dos cilindros 78 mm e curso dos pistões 83,6 mm) para garantir mais torque. Torque, por sinal, de 15,9 mkgf disponível num amplo arco de utilização e potência de 111 cv, o que, evidentemente, não transforma o veículo num foguete mas é adequado à utilização para ele prevista no projeto.
O sentido de tranquilidade ao rodar deste Kicks é realçado pela utilização de uma transmissão automática do tipo CVT (a mais racional, em minha opinião) e uma suspensão que compatibiliza eficientemente conforto e estabilidade, mesmo nas buraqueiras em que se encontram as ruas de São Paulo.
Pelo resto é visível a busca do menor peso possível, desde cabeçote e bloco do motor em alumínio até o tipo de aço usado no monobloco, e máxima utilização da potência disponível. Neste item, ressalte-se a assistência elétrica à direção, do tipo de pinhão e cremalheira, que atende perfeitamente ao que dela se espera.
Com um comprimento de 4,28 m e entre-eixos de 2,62 m, tem um porta-malas de 432 litros que é suficiente para os cinco ocupantes. E seu preço começa em cerca de 90 mil reais e pode chegar até quase 100 mil na sua versão mais luxuosa, com todos os opcionais disponíveis.