O GP da Espanha, no circuito de Jerez de la Frontera, catapultou Marc Marquez na liderança isolada do mundial, com 12 pontos de vantagem sobre o francês Zarco e nada menos que 24 sobre Dovizioso, até então líder.
Na largada pulou à frente Lorenzo, único entre os primeiros a escolher pneu macio na roda dianteira, mas já na volta nº 8 Marquez, que largou em sexto, tomou a liderança e foi progressivamente aumentando sua vantagem. Ajudado nisso por Lorenzo que, embora mais lento de Dovizioso (3º) e Pedrosa (4º), defendia com unhas e dentes sua colocação, como querendo mostrar aos dirigentes da Ducati que merece a renovação de seu contrato.
Quando Dovizioso, após uma tentativa sem exito, decidiu que estava na hora de ir para o segundo lugar, passou Lorenzo mas abriu demasiadamente a curva. Lorenzo jogou-se então para a direita para recuperar a posição, e o mesmo fez Pedrosa que viu a oportunidade de superar ambos os pilotos da Ducati.
Como resultado, uma batida entre Lorenzo e Pedrosa que envolveu também Dovizioso e os três no chão, com corrida acabada, mas felizmente sem qualquer contusão.
Em consequência o pódio viu, abaixo de Marquez, Zarco e Iannone, que levou sua Suzuki ao segundo resultado positivo consecutivo. Para Zarco, inesperado vice-líder do mundial, nada podia ser melhor, posto que o próximo GP será o da França, em Le Mans (e portanto correrá em casa) enquanto Iannone ganhou mais confiança nas possibilidades de sua Suzuki.
Em minha opinião esta “fuga” de Marquez rumo a mais um título pode ser a decisiva, sobretudo lembrando que dos 4 GPs disputados até aqui a Honda venceu 3. Mas é lógico que Dovizioso vai
continuar lutando e torcendo para que a sorte lhe dê uma ajuda. Como quase aconteceu na 13.a volta, quando Marquez exagerou numa curva e só por milagre (chegou a apoiar o cotovelo direito na asfalto) não caiu.