Quem lembra dos antigos Land Rover, vai ficar extremamente surpreso. Esta Land Rover Discovery representa uma tremenda evolução, pois o espaço a bordo, a versatilidade e a fácil adaptação a qualquer piso são as qualidades já tradicionais. Ma a isso tudo este SUV inglês soma agora uma inédita vocação para o luxo que o transforma num outro carro.
Deixadas de lado as formas quadradas, este Land Rover Discovery é mais longo e mais largo, continuando a ser bem alto do chão. Mas agora tornou-se mais leve, mais aerodinâmico e bem mais luxuoso, com um aspecto imponente que chama a atenção de todos.
As quatro portas se abrem para um interior bem grande e, para o motorista, a sensação de “dominar” o caminho é imediata, facilitada também pela ampla gama de regulagens elétricas de bancos e volante disponível. A visibilidade é excelente para a frente mas também boa para trás e de 3/4, isto em função dos encostos de cabeça reclináveis, e o assento do motorista, amplo e bem desenhado, dispõe de ventilação, aquecimento e massagem.
Interessante destacar que, ao contrário de muitos concorrentes, o banco traseiro oferece bom espaço para três pessoas. Ele pode ser movimentado para frente e para trás num total de 15 centímetros, de forma a oferecer mais espaços aos dois passageiros da terceira fileira de bancos ou aumentar o volume do porta-malas (de 436 a 581 litros) ou ainda, reclinando o terceiro banco (operação efetuada com comando elétrico), incrementar ainda mais o espaço disponível para cinco ocupantes.
A insonorização do habitáculo é exemplar (apenas 53,1 dB(A) a 50 km/h) e a capacidade de absorver as irregularidades do piso (fator extremamente importante, por exemplo, em São Paulo) bem elevada. A isso se soma o ar condicionado com três zonas e a possibilidade de aquecer todos os assentos (útil em determinados períodos do ano, sobretudo no sul do Brasil) para criar um ambiente muito agradável e propício para longas viagens.
Rodando destaca-se logo o bom motor 3.0 turbodiesel de 249 cv a 3.750 rpm e o enorme torque de nada menos que 61,2 mkgf a apenas 1.750 rpm. Isto torna bem “gostoso” dirigir o Discovery, que fornece logo uma sensação de grande potência disponível e casa perfeitamente com a transmissão automática ZF de 8 marchas e a tração integral.
Ao contrário de outros SUV, o Discovery não tem medo do fora-de-estrada que é encarado de forma objetiva com o “Terrain Response”, desde a utilização da função “Auto” que se adapta ao terreno em que está rodando até as 4 configurações especiais (grama, cascalho e neve – lama e sulcos – areia – rochas), além, naturalmente, da regulagem básica para utilização normal em ruas e rodovias.
Merece ainda um destaque a modificação, nesta sua quinta série, do monocoque da Discovery, agora em liga leve, com alumínio e alguns reforços em aço. E ainda com uma parte, encarregada de sustentar a estrutura frontal e o painel, feita em magnésio, enquanto a porta traseira é de material plástico. Isso tudo, aliás, resultou não só num incremento da resistência torcional mas numa redução de 77 kg do peso total do veículo.