Quando, no outono europeu de 1998 foi apresentado o primeiro Honda HR-V, chamou a atenção pelo design “quadrado” e, sobretudo, pela proposta. Um carro com posição de dirigir elevada, com 3 ou 5 portas, com bom espaço interno e capaz de enfrentar pisos escorregadios graças à tração integral de engate automático.
Hoje o HR-V é totalmente diferente. A tração ocorre apenas nas rodas dianteiras, a transmissão é do tipo CVT, a direção tem assistência elétrica. E o tamanho é maior, embora ainda fique abaixo dos 4,3 metros, o que lhe confere uma agradável dirigibilidade em trânsito urbano, com um maior conforto para seus ocupantes, tanto dos bancos dianteiros como do traseiro.
Estilisticamente suas rodas de liga leve, com aro de 17 polegadas e tala 7 polegadas, dão um toque de classe ao veículo e o interior é bem cuidado em todos seus detalhes. E ainda deve se lembrar as maçanetas das portas traseira incluídas na coluna, o que dá um ar vagamente de coupé ao conjunto.
Rodando com este Honda HR-V Touring, equipado com um motor de 1.799 cm³ que, curiosamente tem 140 cv a 6.500 rpm com gasolina e 139 a 6.300 rpm com etanol (a diferença de regime máximo de rotação pode explicar isso), percebe-se o caráter “tranquilo” que foi propositalmente dado ao veículo e a clara indicação de como deve ser utilizado.
Dentro desta proposta, o Honda HR-V atende perfeitamente à finalidade a que se destina, isto é transportar cinco pessoas e suas bagagens com relativo conforto (a suspensão transmite todas as imperfeições do piso) e de forma econômica. Em nossa utilização anotamos um consumo de 4,4 km/l na cidade e de 11.1 na estrada (rodando dentro dos limites legais de 120 km/h). Isso usando etanol, o que é um resultado bem satisfatório e mostra que, com gasolina, essas marcas seriam bem melhores. A isso se soma um tanque de 51 litros, garantindo uma boa autonomia.
A mecânica apresenta suspensão MacPherson na dianteira e uma barra de torção na traseira, freios a disco nas quatro rodas (sendo ventilados os dianteiros) enquanto o diâmetro de giro é de 14,4 m. Isso, por sinal, torna um pouco trabalhosas as manobras em espaços reduzidos.
O porta-malas tem 437 litros de capacidade (até a tampa) e um máximo de 1.010 litros baixando o encosto do banco traseiro e seu peso, na versão Touring testada, é de 1.279 kg e seu preço é de R$108.900,00.