A seleção iraniana pode ser definida como “a que sofreu apenas dois gols em toda a disputa das Eliminatórias da Ásia”, e esses gols aconteceram, justamente, no último duelo da competição, no empate em 2 a 2 contra a Síria. Ou seja, o Irã ficou durante nove jogos sem ter a sua defesa vazada e, o mais importante, se classificou de forma invicta.
O Irã não é um país tradicional em Copas — vai disputar a sua quarta, a segunda consecutiva —, e chegará à Rússia com um dos melhores times da sua história. A grande missão dos iranianos neste Mundial será chegar ao mata-mata, tarefa muito árdua, pois teve o azar de cair na mesma chave de Portugal e Espanha.
Como jogam?
Como já é possível perceber, estamos falando de uma seleção que possui uma defesa muito sólida. Isso porque o técnico Carlos Queiroz — que Portugal em 2010 e o próprio Irã em 2014 — armou seu time para jogar na base do contra-ataque.
O sistema defensivo tem quatro peças fundamentais: o experiente Jalal Housseini, de 36 anos, e Morteza Pouraliganji, formam a dupla de zaga; mais à frente, Saeid Ezatolahi (a referência do time) e Ali Karimi são os volantes que fazem a proteção da defesa.
Esquematizados em um 4-3-3, eles ganham velocidade para contragolpes pelas laterais. Lá na frente, está o destaque da equipe: Sardar Azmoun. Atacante do Rubin Kazan-RUS, foi vice-artilheiro das Eliminatórias da Ásia, com 11 gols. Já foi chamado de “Messi iraniano”, e comparado a Ali Daei — ídolo do país que jogou as Copas de 1998 e 2006.
Há outro que também pode chamar a atenção na Rússia: Mehdi Taremi. Marcou oito gols nas Eliminatórias, sendo vice-artilheiro do Irã.