O jogo decisivo da final do Paulista entre Palmeiras e Corinthians foi marcado pelo pênalti que fora marcado por Marcelo Aparecido de Souza, que mais tarde voltou atrás da decisão e não deu nada. Alguns pontos sobre o lance merecem ressalvas.
Se o lance tivesse acontecido fora da área, em uma zona fria do campo, certamente a falta seria marcada, mesmo com Ralf acertando a bola, pois o corintiano teria entrado por trás. Não haveria discussão e o jogo seguiria normalmente.
Como aconteceu dentro da área, o peso da falta é bem diferente. Tudo vira discussão, e os critérios até podem ser revistos.
Para mim, não foi falta. Ralf realmente acerta a bola; mas se o lance realmente tivesse acontecido no meio do campo, a falta teria sido marcada, o que caracterizaria uma mudança de critérios.
Outro ponto a ser destacado é a interferência externa. O quarto árbitro alertou de que não havia sido pênalti — com demora. Veja bem: o quarto árbitro, sem referência alguma de vídeo, avisou Marcelo Aparecido de Souza. Palavra de um perante a do outro.
Se o Paulista contasse com árbitro de vídeo, haveria um bom argumento para não dar o pênalti, que encerraria as discussões no momento do jogo. O que teve foi olhar de um árbitro que estava mais afastado do lance do que o apitador principal — fato que levou mais lenha à fogueira.
A arbitragem no Brasil é algo extremamente preocupante, pela preparação e orientação dos árbitros, sem contar a falta de recursos…