Um dos maiores e mais eficientes ditos populares do futebol diz que “quem não faz o gol, sofre”. Outro, que por sinal eu gosto muito, faz uma comparação: “há quem goste de segurar o resultado e há quem goste de fazer catimba”.
Eu separo essas duas afirmações para poder resumir a parte final do confronto entre Santos e Corinthians, terminado em 1 a 1, no Pacaembu. O confronto é dividido entre ‘antes do apagão no estádio’ e ‘depois do apagão’.
Antes, um jogo muito equilibrado, mas com o Corinthians em vantagem no placar. O Santos aos poucos ia crescendo na partida, e quando mais pressionava o arquirrival, acabou a luz. Após meia hora de paralisação, a equipe de Jair Ventura voltou pilhada. O Corinthians se fechava da forma que podia e armava contragolpes perigosos.
Em um desses, Jadson teve chance claríssima e chutou em cima de Vanderlei. Em outra jogada, Rodriguinho pegou de primeira o lançamento à área, e o goleiro santista fez o maior de seus milagres no jogo. “Quem não faz”…
O jogo se aproximava do fim e o Corinthians tentava vitória simples. Romero apostava na catimba. Não deu certo, pois após duas tentativas de forçar o cartão ao adversário, o paraguaio foi ao chão pela terceira vez em menos de dois minutos, e na sequência o Santos armou com velocidade a jogada do gol de empate.
Ainda deu tempo do Santos cavar um pênalti, mas a arbitragem não deu.
O Corinthians é um time eficaz, mas não merecia ganhar. O Santos é mais agressivo e poderia ter saído com a vitória. De todo o modo, o empate também define bem.