O discurso de que nada está definido sobre quem erguerá a taça do Paulista é mantido. O Palmeiras abriu a pequena vantagem de 1 a 0 sobre o Corinthians, o que ainda deixa a decisão em aberto, mas a margem ganha peso pelos fatos de o resultado ter sido construído em Itaquera e de o confronto da volta ser no Allianz Parque.
O Palmeiras venceu o Corinthians porque foi mais inteligente. O gol saiu de um lance em que a defesa corintiana deu bobeira —
vi mais falha da zaga do que de Cássio. Roger Machado aplicou uma marcação em que os atletas se compactavam no campo de defesa, deixando o alvinegro trabalhar a bola apenas com os zagueiros. Quando o time de Carille ultrapassava o meio-de-campo, os atletas alviverdes pressionavam.
Esse tipo de marcação é muito comum no futsal, onde é mais conhecido como “marcação de meia-quadra”, e funcionou perfeitamente no esquema de Roger Machado.
Em desvantagem, o Corinthians foi para o ataque. Tinha volume de jogo, posse de bola e as ações da partida. Não tinha conclusões ao gol. Lançava a bola à área, mas não tinha quem a cabeceasse.
Esse é um grande problema para Carille, e talvez só seja resolvido com a reposição de alguma peça no elenco.
Para o duelo da volta, acredito que o comportamento do Corinthians não seja muito diferente do que foi visto em Itaquera. Já o Palmeiras, deverá adotar a mesma estratégia; mas, por estar jogando em casa, deve propor mais ações para ampliar a vantagem.