Começou no Qatar o mundial de MotoGP e, como se esperava, o espetáculo foi excelente, tanto na luta pela vitória entre Dovizioso (Ducati) e Marquez (Honda), como nas posições subsequentes, onde luziu o veterano Rossi (Yamaha) que completou o pódio. Aliás o fato do primeiro pódio do ano apresentar três marcas diferentes – Ducati, Honda e Yamaha – diz bem quanto este mundial deverá ser apaixonante.
A corrida mostrou várias coisas interessantes. Assim, do ponto de vista mecânico, ficaram evidentes os progressos da Honda em relação ao ano passado, e a evolução da Ducati. Esta última visando tornar mais fácil a colocação em curva sem, para isso, ter que “cortar” o fornecimento de potência por parte do motor.
Quanto aos pilotos, fico claro, se é que alguém tinha alguma dúvida, que Marquez continua sendo um fora de série e é o favorito para mais um título. E ficou também claro que Dovizioso não é mais uma surpresa mas mostrou dever ser seu mais direto adversário enquanto o veterano Rossi, embora fora desta luta, poderá proporcionar agradáveis surpresas à sua legião de admiradores.
Do lado negativo fica a constatação de que Lorenzo ainda não conseguiu se adaptar à Ducati (e acabou caindo, sem nunca ter disputado a ponta) enquanto Viñales (Suzuki) não conseguiu repetir seu triunfante início de campeonato de 2017.
O próximo GP será na Argentina e fica, uma vez mais, um sentido de pena por o Brasil não conseguir ser sede de uma prova do mundial. O que a Argentina tem e o Brasil não tem, será só competência dos dirigentes ou algo mais ?