Neste domingo começa o mundial de F1 e uma das perguntas que se fazem é, como de hábito, quanto a seu mais provavel vencedor. Para mim, a luta dirá respeito apenas a dois pilotos : o britânico Lewis Hamilton, atual campeão, e o alemão Sebastian Vettel que foi seu vice no ano passado.
Um exame cuidadoso do que se viu nos treinos pré-campeonato me leva a apostar em Hamilton, pois sua Mercedes otimizou as grandes qualidades já mostradas nas últimas temporadas, alcançando um nível de confiabilidade impressionante. E a isso soma uma pressão aerodinâmica monstruosa e um balanceamento excelente, pelo que a considero a melhor F1 de todo o lote.
Quanto a seu rival, aposto em Vettel, cuja Ferrari mostrou ter um ótimo potencial mas ainda dependendo de muitas evoluções pois se trata de um projeto que rompeu tecnologicamente com o passado. A escolha de um entre-eixos maior, por si só, representa bem essa mudança de rumo que busca maior eficiência nas curvas velozes sem, para isso, perder a dirigibilidade em traçados mistos.
Para tentar atrapalhar a vida de Hamilton e Vettel aparecem em destaque os dois pilotos da Red Bull : Verstappen e Ricciardo. O “mago” Adrian Newey deve ter tirado mais um coelho da cartola com esta RB14 que parece ter alcançado o topo quanto a chassis e aerodinâmica. Se o motor Renault não tiver sacrificado parte de sua potência (que já não estava à altura de Mercedes e Ferrari) para alcançar a confiabilidade que lhe faltava, tanto Verstappen como Ricciardo serão vistos frequentemente no pódio.
Entre as demais equipes, merece ser lembrada a Renault, que tem sido a quarta força do mundial e poderá continuar a se-lo, com o aporto milionário da montadora e uma dupla de pilotos (Sainz e Hülkenberg) bem competitivos.
As surpresas dos testes ficaram por conta da norte-americana Haas, que alguns entendem ser apenas e tão somente uma Ferrari 2017 pintada de cinza, e da Toro Rosso. Nesta, o motor Honda parece ter encontrado, de uma só vez, confiabilidade e potência. Se isso se confirmar nos GPs, teremos uma grata surpresa.
No setor das polêmcias, encontramos a McLaren, que parece não ter lucrado muito com a troca do motor Honda pelo Renault. Seria apenas um acaso se aqui o motor Renault sofre de super-aquecimento, ou isso denuncia falhas no projeto ?
A seu lado a Williams, em plena crise, com uma FW41 pouco estável, pilotos (Stroll e Sirotkin) inexpertos e engenheiros também, pelo que poderão ser decisivos os palpites de Robert Kubica na qualidade de piloto de teste.
Por fim, uma Force India que não mostrou sua potencialidade (parece a cópia fiel do carro de 2017) e uma Alfa-Sauber teoricamente destinada à última file do grid. Para o estreante Charles Leclerc, campeão da F2 e com um eventual futuro na Ferrari, será uma prova de fogo…se não se queimar.
Entre os demais assuntos, merece estaque a introdução (após muitas polêmicas) do Halo, a proteção da cabeça dos pilotos. Para Hamilton “após algumas voltas não vamos nem mesmo lembrar sua existência” enquanto Vettel afirma “se salvar uma única vida que seja, já terá feito sua parte”.
Em relação ao regulamento, o peso mínimo dos carros foi aumentado para 733 kg, o número de motores permitidos foi reduzido de 4 para 3, sendo apenas 2 as unidades MGU-K utilizáveis bem como as unidades de baterias. E, entre outros detalhes, o consumo de óleo (fonte de tantas polêmicas no ano passado) foi limitado a um máximo de 6 litros a cada 100 km.
Para os pneus a Pirelli introduz os ipersoft (banda côr de rosa) e os super-hard (com banda laranja). No meio continuam ultrasoft (violeta), soft (amarela), média (branca) e hard (azul).
E os GPs serão 21 , o último a 25 de novembro em Abu Dhabi, sendo que volta a GP da França (na pista de Paul Ricard) e sai de cena o GP da Malásia.