“Clubes vetam árbitro de vídeo no Brasileiro”. A afirmação não é falsa, mas também não atribui o peso ideal da situação.
A implantação do árbitro de vídeo no Brasil é muito cara, e por isso a CBF jogou a responsabilidade no colo dos clubes. É como se a entidade estivesse dizendo: “não é o que vocês querem? Então paguem por isso. A minha parte eu já fiz. Agora depende de vocês”.
Dinheiro nunca foi problema para a CBF, sem contar que é obrigação da confederação aprimorar o campeonato. Dizer que os clubes reprovaram o recurso é acobertar o erro da entidade.
Nesse caso também não existe um lado mais certo que o outro. Ao todo, 12 clubes foram contra o recurso, e a justificativa maior é referente aos respectivos. Ninguém quer gastar R$ 1 milhão por ano. É evidente que para Ceará, Paraná e América-MG o dinheiro faz diferença nas contas anuais, mas a ignorância de agremiações como Corinthians, Santos e Cruzeiro espanta.
Por fim, a CBF tem o discurso pronto de que “fez o que possível”, e que os clubes agora não deverão mais exigir o recurso em razão dos erros da arbitragem.