Sempre achei estranho ver um carro blindado ostentando um teto solar. Além de impôr ao mecanismo de abertura do teto, que hoje em dia é elétrico (nos anos 60 houve o Fusca com teto solar mas cuja abertura era manual), um esforço não previsto no projeto, cria um ponto de perigo potencial. E obriga as firmas que blindam veículos a uma série de “ARRUMAÇÕES” sem muito sentido prático.
Pois se você quer segurança, não vai nunca abrir o teto.
No mesmo sentido de raciocínio, aliás, entendo que o preferível seria termos portas com vidros fixos, mas aí entra em jogo a comodidade de uso, em muitas situações corriqueiras. Como, por exemplo, a entrada de um estacionamento, onde é necessário retirar o ticket, ou um pedágio, onde é necessário o pagamento.
Assim, admitida a conveniência do vidro blindado que sobe e desce nas portas (e aí deve sempre ser reforçado o mecanismo original para suportar o maior peso do conjunto), era no mínimo esquisita a presença de um teto solar.
Felizmente e Exercito interveio na questão e por meio de uma portaria publicada em junho do ano passado impôs, entre outras novidades, a obrigatoriedade do teto solar ser fixo, em peça única, dotada do mesmo nível de blindagem do resto da carroceria.
Afinal, quem quiser ter a sensação de vento entrando pelo teto pode sempre adquirir um conversível e usa-lo em nossas ruas…
Carro : blindado sim, teto solar não !
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