A Mercedes Classe G, apresentada recentemente no Salão de Detroit, visualmente parece igual à versão anterior, mas é toda nova.
Trata-se de um modelo que foi lançado no longínquo ano de 1979, denominado “Geländewagen” e vendido no mundo todo, tornando-se uma referência para qualquer “fora-de-estrada”, além de ser um veículo de luxo que atrai vips e milionários.
A nova versão manteve externamente todas as características bem conhecidas, como as portas com dobradiças externas, o estepe grudado na tampa traseira e o pára-brisa plano. A única novidade é constituída pelos faróis de Led. Mas nas dimensões externas e dentro – e na parte mecânica – é tudo novo.
A carroceria aumentou seu comprimento em 5 cm e sua largura em 12 cm, assim o espaço à disposição dos passageiros é bem maior, o que se traduz em mais conforto.
Por outro lado, não obstante isso, o peso total foi reduzido em nada menos que 170 kg com o uso de alumínio em pára-lamas, portas e tampa do motor. Mas a utilização de aços de elevada resistência permitiu aumentar em nada menos que 55% a rigidez torcional da estrutura, com positivas conseqüências em conforto e dirigibilidade. E, naturalmente, foi mantido o esquema de travessas e longarinas que sabidamente é o mais adequado para dirigir em fora-de-estrada.
As suspensões foram calibradas com a ajuda da AMG, o departamento esportivo da Mercedes, o que é um bom indício. Além de estarem disponíveis, como opcional, as suspensões reguláveis.
No interior chamam logo a atenção os dois display de nada menos que 12,3 polegadas, que incluem instrumentação e entertainment. E o costumeiro ambiente de luxo e bom gosto que deixa todos à vontade.
Este Mercedes Classe G fica muito à vontade no fora-de-estrada e, para aumentar ainda mais isso, os engenheiros da Mercedes não mediram esforços. Assim o vão livre até o solo é de 24 cm (+ 0,6 cm) e a profundida máxima para superar alagados aumentou para nada menos que 70 cm (+ 10 cm). Ao mesmo tempo o veículo pode rodar em terrenos inclinados até 35 graus (+ 7º), o ângulo de ataque anterior é de 31º e o traseiro de 30º, o que permite rodar sem tocar nem a frente nem a traseira.
Mas as verdadeiras “cerejas no bolo” são representadas pelos 3 diferenciais auto-bloqueantes, acionáveis por comandos no painel, que, de acordo com a necessidade, transferem o torque entre eixos e rodas. E a possibilidade de engatar as marchas reduzidas.
Nesta versão de apresentação, o Mercedes Classe G tem um motor V8 biturbo, a gasolina, com 422 cv de potência e 62,2 mkgf de torque, acoplado a um câmbio automático de 9 marchas. O consumo médio declarado é de 9 km/litro. Sucessivamente, como é lógico, teremos também versões com motores turbodiesel. E, mais à frente, aparecerão versões híbridas, mais eficientes e menos poluidoras.
O preço ainda não foi informado, mas pode-se pensar em algo ao redor de 400 mil reais…naturalmente na Europa.