Começam hoje os campeonatos estaduais, torneios que no passado continham grandes cargas de emoção, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, e até por isso ganhavam maior relevância no cenário nacional. Atualmente, a competição trata-se de um período oportuno para que os clubes trabalhem na formação de um time competitivo para a temporada.
Além disso, outra finalidade dos estaduais, hoje, é um preenchimento no calendário. Mal aguentamos 38 sonolentas rodadas de Campeonato Brasileiro de abril a dezembro. Se não fosse pelos torneios regionais, poderíamos ter um ano cheio de competições disputadas entre times de todo país. Seria uma alternativa interessante? Talvez, mas dependeria muito da forma que fosse executada.
Fato é que tradicionais torneios como o Paulista e o Carioca perderam relevância com o tempo e, isso, evidentemente, interfere em qualquer tipo de retorno financeiro, seja em renda dos jogos seja em verbas de televisão. Os Estaduais tornam-se competições secundárias quando há um choque com qualquer outra competição, e apenas os clubes pequenos se empolgam para jogar contra os grandes. Estes, de modo natural, desprezam o torneio.
Não vejo culpa dos grandes, mas daqueles que formulam a competição.