O Grêmio fará a final do Mundial de Clubes contra o Real Madrid. A equipe espanhola ainda tem 90 minutos contra o Al Jazira para confirmar aquilo que é lógico; mas, até aqui, todo o script do torneio vem sendo muito bem cumprido, e deve seguir dessa forma até o fim.
Um fato era mais do que certo: o Grêmio teria muito mais dificuldade para chegar à final da competição do que o Real Madrid. Na base do sofrimento, o time de Renato Portaluppi bateu o Pachuca-MÉX na prorrogação, após bela jogada individual de Éverton.
Prevaleceu a estrela do treinador, a genialidade de Luan, a excelente atuação de Cortez, que salvou o patrimônio gremista duas vezes; mas, sobretudo, o fator determinante para o triunfo gaúcho foi o condicionamento físico.
O Pachuca vinha de uma vitória sobre o Wydad Casablanca, no último sábado, definida na prorrogação. Descansado, a vantagem do Grêmio era evidente, apesar de todo o sufoco passado nos minutos finais.
Para o confronto contra o Real Madrid, ficam algumas observações:
O Grêmio sentiu muito a falta de Arthur, e até por isso Jailson e Michel ficavam mais fixos à frente da zaga. A formação deve permanecer contra o Real, uma vez que qualquer espaço cedido ao adversário pode ser brecha para um golpe fatal.
Luan continuará sendo o maestro do time, e flutuando pelo meio de campo tem potencial para ser o coelho que a cartola gremista tanto precisa.
Por fim, não imagino o Grêmio atacando o Real Madrid desde o início. O que me vem à mente é um time extremamente cauteloso. Para sair com a vitória, será preciso contrariar a lógica e fazer sua melhor atuação nos últimos anos.
Não é favorito a vencer, mas também não é impossível.