Na final do Mundial de Clubes, aconteceu o que era esperado: prevaleceu o favoritismo do Real Madrid sobre o Grêmio. A equipe de Renato Portaluppi perdeu por 1 a 0, gol o qual se deu pelo único erro defensivo gremista.
Defensivamente, o Grêmio foi valente. Suportou bem a pressão exercida pelos espanhóis. Começou fazendo marcação alta, mas o condicionamento físico impediu que aguentasse aquele ritmo por muito tempo. Ademais, é essencial ressaltar que a dupla Geromel e Kannemann foi brilhante.
O grande porém do duelo tem relação à parte ofensiva. Se o Grêmio era valente para se defender, era também muito receoso para atacar. Não ousava, tampouco agredia. Era como um time de handebol, que trabalhava passes no contorno da área. Assim, Navas não teve trabalho algum durante os 90 minutos.
Isso aconteceu porque Luan não se encontrou na partida; mas vai um pouco mais além. Sem Arthur, machucado, o Grêmio carecia de alguém que distribuísse passes de qualidade aos homens de frente. Com o camisa 7 em uma noite ruim, isso não aconteceu, de fato.
Acredito que o resultado final remeta àquele boxeador que perde uma luta após aguentar 15 assaltos de pé. Precisava ser ilógico, apresentando um futebol muito melhor do que o exibido na semi, diante do Pachuca. Não aconteceu.
Mas a temporada do Grêmio foi amplamente positiva, digna de um vice-campeonato mundial.