Real Madrid e Barcelona se enfrentaram no último sábado em um horário atípico: às 13h no horário local — ou às 10h, seguindo a hora de Brasília. Isso fez com que Javier Tebas, presidente da LaLiga, se mostrasse muito satisfeito com a experiência de ter programado o clássico para um horário voltado ao público asiático.
“Foi para atender essa parte do mundo que estava dormindo (principalmente Ásia) e que agora pôde ver o clássico no horário nobre”, celebrou Tebas. “Há quatro anos tinham três horários principais no futebol espanhol. Entendemos que devíamos diversificar. É verdade que nossos torcedores estão na Espanha, mas também estão no mundo. Isso provocou uma crise com os meios de comunicação e com os torcedores que vão aos estádios. Mas um torcedor do Real Madrid ou do Valencia que está em Tóquio é menos importante? Temos torcedores em todo mundo e é preciso cuidá-los por igual”, acrescentou.
Tudo isso mostra que grandes clássicos regionais, assim como a final da Champions, por exemplo, se tornam grandes espetáculos a ponto de serem exibidos nas telas de cinema. Em Real Madrid x Barcelona, apenas três pontos estavam em jogo; mas a partida ganhou o mesmo peso que uma final de Super Bowl, ou de uma estreia de Star Wars.
Tra-ta-se de um reflexo de conceito indústria, e isso fica ainda mais evidente pelo fato de Tebas ter contratado antigos diretores do banco BBVA, do Facebook e da Netflix.