Cristiano Ronaldo recebeu a quinta Bola de Ouro de sua carreira, como já era de se esperar. O fato me fez lembrar de uma velha história, conhecida como a “Maldição da Bola de Ouro”. Segundo o dito, quando um atleta recebe esse prêmio, ele não conquista a Copa do Mundo do ano seguinte.
Em 1957, Alfredo Di Stefano ganhou a Bola de Ouro. No ano seguinte, no Mundial da Suécia, a Argentina nem passou da fase de grupos.
Em 1961, Omar Sivori foi premiado. Conhecido como “Maradona dos anos 1960”, caiu com a Itália na primeira fase da Copa de 1962.
Eusebio, em 1965, é outro exemplo marcante. Portugal ficou com a medalha de bronze do Mundial de 1966, com o melhor do mundo da época sendo o artilheiro da competição.
Em 1969, Gianni Rivera. O grande astro do Milan naquela época caiu diante do Brasil de Pelé, na final da Copa de 1970.
Johan Cruyff, melhor do planeta em 1973. Alemanha, de Beckenbauer, campeã do mundo em 1974.
Allan Simonsen, em 1977; mas a Dinamarca nem participou da Copa de 1978.
O atacante Karl-Heinz Rummenigge foi eleito em 1981, e no ano seguinte viu a Alemanha perder a final do Mundial para a Itália.
Em 1985, Michel Platini foi eleito o melhor do mundo. A Argentina, de Maradona, conquistou a Copa do México, em 1986.
Marco van Basten, em 1989. Alemanha tricampeã do mundo em 1990.
O italiano Roberto Baggio, em 1993. Ele mesmo perdeu, na final, o memorável pênalti que deu ao Brasil o tetracampeonato.
Em 1997, Ronaldo. Em 1998, França 3 x 0 Brasil, na decisão.
Michael Owen, em 2001. Brasil pentacampeão em 2002.
E foi assim com Ronaldinho Gaúcho em 2005, com Messi em 2009 e, até mesmo, com Cristiano Ronaldo em 2013.
Agora, resta saber se, na Rússia, o português dará um fim nesse tabu.