Não foi pelo fato de ser copeiro ou em razão do nervosismo do adversário. O Grêmio consagrou-se tricampeão da Libertadores porque deu uma aula de como jogar futebol.
Diante do Lanús, na Argentina, fez uso da mesma estratégia adotada em Porto Alegre, porém com mais eficiência. Teve êxito ao marcar a saída de bola adversária, se defendeu bem utilizando duas linhas de quatro jogadores e aproveitou com maestria o erro tático proposto pelo treinador do oponente.
Fernandinho abriu o placar após um contragolpe fulminante, ganhando de todos os defensores adversários na corrida. Luan decretou o título quando o volante Marcone recuou para atuar como um zagueiro e deu espaço para o camisa 7 gremista assinar uma pintura.
É claro que o excelente primeiro tempo do Grêmio deveu-se a Arthur, eleito o melhor jogador final, mesmo tendo atuado por 45 minutos. Fato é que quando volante deixou o campo, o rendimento do time de Renato Gaúcho caiu. Cometeu um vacilo de ceder um pênalti ao Lanús e precisou aguentar uma forte pressão no final do jogo.
Renato Gaúcho é o sétimo na história a conquistar uma Libertadores como jogador e técnico (o único brasileiro em uma lista que conta apenas com uruguaios e argentinos), e deverá ter sua estátua no clube.
Luan, o melhor jogador da competição, deu sequência à tradição da camisa 7 do clube, e deu ainda mais provas de seu potencial para disputar a Copa da Rússia.
Marcelo Grohe fez mais de dois milagres na competição, e aguarda o reconhecimento do vaticano para ser canonizado como santo.
Por fim, o Grêmio é o primeiro clube brasileiro, após o Santos de Pelé, em 1963, a conquistar a Libertadores na Argentina. Na ocasião, o clube paulista havia batido o Boca Juniors na final.
E se “até a pé nós iremos para o que der e vier”, portanto será preciso se preparar logo. Pois é certo que, no próximo dia 12, o Grêmio estará estreando no Mundial de Clubes.