A última etapa da MotoGP apresentou, como se esperava, a consagração de do espanhol Marquez, vencedor de seu 4º título mundial em 5 temporadas. Um feito que o coloca como um dos “grandes” de todos os tempos e certamente o piloto a ser batido nos próximos campeonatos. Isto em que pese ter tido à disposição uma Honda que muitas vezes não era a melhor moto na pista.
A corrida, disputa em Valencia, foi cheia de alternativas, pois claramente Marquez desejava encerrar o campeonato com uma vitória mas sabia também que uma eventual queda (ele caiu nada menos que 27 vezes neste campeonato, entre treinos e corridas) poderia complicar as coisas. Pois neste caso uma vitória de Dovizioso lhe faria perder o título.
Assim Marquez ficou aguardando um erro do francês Zarco, que liderou por bom tempo com sua Yamaha particular. Depois chegou a disputar algumas vezes a ponta mas finalmente acabou saindo da pista e tendo que contentar-se com o 3º lugar. Enquanto Zarco e Pedrosa lutavam pela vitória, que acabou premiando a espanhol.
A grande curiosidade ficou com a equipe Ducati, onde o espanhol Lorenzo começou à frente de Dovizioso, que largou em 9º e logo chegou perto do quarteto de frente. Mas aí, embora fosse mais veloz que Lorenzo, só o superaria arriscando muito, pois seu companheiro estava decidido a não deixa-lo passar. Isso embora o box sinalizasse repetidas vezes para abrir caminho para Dovizioso que, bem ou mal, ainda estava lutando pelo título. Uma atitude verdadeiramente incompreensível que certamente piorará a já delicada situação de Lorenzo no seio da equipe.
É bom lembrar, a este respeito, que Lorenzo foi contratado este ano pela Ducati, recebendo uma montanha de dinheiro, para tentar ganhar o mundial. E o espanhol jamais conseguiu ser competitivo, a não ser num único GP, mostrando por cima uma total idiossincrasia por pistas molhadas, onde nunca conseguiu sequer acompanhar de longe Dovizioso.
E agora certamente seu ambiente na Ducati piorou ainda mais…