Ao se aproximar o final da temporada tenho lido, aqui e acolá, críticas, mais amenas umas, mais severas outras, relativas à qualidade técnica do futebol brasileiro. Claramente são críticas relativas ao que tem sido visto em nossos gramados e, em muitos casos, são até compreensíveis.
Tivemos, mesmo na Série A do Campeonato Brasileiro, vencido com amplos méritos pelo Corinthians, jogos fracos, protagonizados até pelo campeão. E os demais fizeram muitas vezes coro.
Isso para não falar dos times que lutaram contra o rebaixamento, em jogos nos quais frequentemente sobrou luta e disposição mas o bom futebol esteve claramente ausente.
Isto, em minha opinião, reflete apenas a condição financeira do futebol brasileiro, que não consegue manter seus principais jogadores no País. Em conseqüência, os times são formados por jovens promessas, que tem continuamente os olhos voltados para uma transferência ao exterior, por jogadores apenas medianos e por nomes mais ou menos famosos que, terminada sua fase na Europa, voltam ao Brasil para desfrutar os últimos anos de carreira.
Um análise racional – global – do futebol brasileiro não pode, porém, se ater apenas a isso. Observemos vários dos melhores clubes do mundo, e logo veremos que frequentemente um ou mais jogadores brasileiros estão neles, como titulares ou imediatos reservas.
Tanto que a seleção de Tite para a Copa do Mundo tem preponderância de jogadores que atuam no exterior.
Assim a conclusão, para mim óbvia, é que o futebol brasileiro vai muito bem, obrigado.