Estamos nos aproximando da 32ª rodada do Brasileiro, etapa que promete ser um divisor de águas do campeonato, especialmente por proporcionar o confronto direto entre Corinthians e Palmeiras, no domingo, em Itaquera.
Um vitória do Corinthians pode reaproximá-lo do título da competição. Já uma derrota, pode gerar um grande caos no Parque São Jorge e, definitivamente, deixará a disputa ainda mais acirrada. Já o empate, combinado à um triunfo do Santos sobre o Atlético-MG, amanhã, abre portas para a chegada do alvinegro praiano na briga entre paulistas.
O que deixa a briga tão aberta e que desperta debates como esse, abordando uma série de situações hipotéticas, é a grande decadência do Corinthians no segundo turno, a maior em toda a era dos pontos corridos. Em 12 jogos da segunda metade do torneio, o time de Carille contabiliza seis derrotas, três empates e míseras três vitórias. Seria, portanto, o 17º colocado em uma tabela do segundo turno, com 12 pontos.
Nem mesmo a decadência do Palmeiras, em 2009, quando o alviverde tinha 10 pontos de vantagem sobre o Flamengo e perdeu o título para os cariocas, foi tão grande. Na ocasião, o time rubro-negro era apenas o sexto colocado. Na 31ª rodada, a diferença já era de quatro pontos. No fim, o Fla conquistou o título e terminou o torneio com cinco pontos a mais do que o Palmeiras na tabela.
Outro exemplo semelhante: em 2008, o Grêmio liderou a maior parte do Brasileirão com boa margem. Chegou a ter 11 pontos sobre o São Paulo, no segundo turno. Na 26ª rodada, a diferença era de sete pontos para o tricolor paulista, que até então ocupava a quinta colocação. Na 31ª, o São Paulo já era o segundo colocado e estava a três pontos do Grêmio. No fim do torneio, o time então comandado por Muricy Ramalho foi campeão, com três de frente para o time gaúcho.
Voltando a 2017, o Corinthians tinha 17 pontos de vantagem sobre o Palmeiras, na 21ª rodada. Nem o mais confiante torcedor palmeirense poderia acreditar em uma aproximação tão repentina.
Hoje, o time de Carille acumula um jejum de quatro jogos sem vitória. Nunca um campeão brasileiro dos pontos corridos teve uma sequência negativa maior do que essa. O São Paulo, de 2008, e o Fluminense, de 2010, ficaram quatro partidas sem vencer.
Só me resta finalizar com um clichê: o Corinthians só depende de si.