Em uma comparação que chega a beirar o bobo, o Corinthians aparenta ser aquele aluno que, no primeiro semestre, tirou notas altíssimas na escola, e agora faz apenas o necessário para poder passar de ano. É bem verdade que os adversários aprenderam a jogar contra o time de Carille, mas a queda de rendimento da equipe aparece como razão maior para uma campanha tão irregular.
E fica cada vez mais claro o tamanho da limitação da equipe de Carille. Se mantivesse o mesmo nível e intensidade do primeiro semestre, o Corinthians seria um ponto muito distante da curva. O que eu quero dizer: o time alvinegro era o desequilíbrio de um dos torneios mais equilibrados do planeta. Hoje, está dentro da normalidade, e se mantém uma boa margem sobre os demais oponentes na tabela, é porque eles não aproveitam seus vacilos.
O Corinthians entra em campo contra o Botafogo hoje, às 20h, precisando da vitória para manter a margem significativa de nove pontos sobre o Palmeiras, agora vice-líder. Dessa vez, não haverá brechas para tropeços. Ganhar será sempre uma obrigação para o líder; mas a relevância da missão de hoje vai além disso.