As últimas vagas para a Copa do Mundo da Rússia serão definidas nesta terça-feira, em uma rodada que pode ser marcada por um dos maiores milagres da história do esporte, ou por crises, ou por vexames, ou por tudo isso junto.
A Holanda, por exemplo, precisa ganhar da Suécia por sete gols de diferença, uma margem que só construiu três vezes em toda a sua história nas Eliminatórias: 8 a 1 na Hungria (em 2013), 8 a 1 na Islândia (1973) e 7 a 0 em San Marino (1993). Isso deve acontecer porque, no último sábado, os suecos aplicaram 8 a 0 sobre Luxemburgo, enquanto os holandeses ganharam “só” de 3 a 1 de Belarus. Se há torcedor que ainda acredita na classificação holandesa, há atleta que já jogou a toalha.
“Depois desse resultado da Suécia, não tem muito o que fazer a não ser lamentar. A gente ganhar de 8 a 0 de Belarus nunca foi algo realista. E ganhar de 7 a 0 da Suécia, mesmo em casa, não irá acontecer também”, disse Robben.
Em relação a vexames, não vejo nenhum maior do que um possível da Argentina. A má fase dentro de campo pode ser reflexo dos conflitos políticos que circundaram a AFA; mas isso não deve ser ressaltado no momento. Agora, a Argentina só depende de si para ao menos se garantir na repescagem — e não na fase de grupos. Para isso, precisa vencer o já eliminado Equador. O problema é que a partida acontece na temida altitude de Quito. Um empate pode garantir a vaga na repescagem, mas os argentinos precisariam torcer para que o Peru não vença a Colômbia.
Para ambos os casos, qualquer resultado negativo os leva a uma crise — a da Argentina seria ainda mais intensa. A Itália, por exemplo, conseguiu escapar e se garantir na repescagem. Fato é que a Itália vive sua crise há um bom tempo, e não se classificar diretamente se tornou uma normalidade. Já à estrelada Argentina, seria, quiçá, um vexame com potencial de ser comparado ao 7 a 1, dos brasileiros.