O desespero do Corinthians se assemelha mais ao pesadelo de um time que está prestes de ser rebaixado do que, simplesmente, de quem pode perder um título. Somente uma catástrofe poderia tirar a taça das mãos do alvinegro do Parque São Jorge, e ela está acontecendo agora.
Para evitar o que pode ser um dos maiores vexames de sua história, é preciso colocar a cabeça no lugar. E digo isso após ver, no mesmo dia, Jô solando Rodrigo no final do duelo contra Ponte Preta — devia ter sido expulso —, Clayson discutindo com Jadson para bater uma falta e Carille impaciente na coletiva de imprensa; mas o treinador disse uma boa verdade entrevista: “Nunca vi alguém perder a cabeça e ter resultados. A gente precisa ter equilíbrio. Se o técnico perder a cabeça e os jogadores perceberem, as coisas podem ficar ainda pior”.
Contra a Ponte, Carille tentou de tudo. Mudou todo o cenário da partida colocando Clayson no lugar de Gabriel. Meio time foi atuar à frente nos 45 minutos finais. O Corinthians parou em Aranha, que estava em uma tarde tão inspirada que podia ser comparado ao herói dos quadrinhos.
A taça ainda está nas mãos do Corinthians, que só depende de si nesta reta final de campeonato. Basta colocar a cabeça no lugar e evitar que qualquer fator externo possa interferir no clube como aconteceu durante a semana passada, quando a diretoria acolheu membros de organizada pra uma reunião.