fotos: divulgação
Este ano a Fiat apresentou o Argo, um modelo chamado a substituir, de uma só vez, Palio e Punto e se constituir no carro mais vendido da montadora. E tempos atrás testamos o modelo equipado com motor 1.3, provavelmente aquele que será o mais vendido, enquanto o 1.0 com motor 3 cilindros representa o modelo de entrada e também deverá ter bastante apreciadores.
Ficava, para completar a gama, analisar o modelo de tope, equipado com o já conhecido motor 1.8 16 válvulas, e encarregado de representar, da melhor forma possível, a imagem do carro. A ponto de ter sido escolhido pela montadora para anunciar o lançamento do Argo, tanto aqui como – e sobretudo – no exterior.
Vale logo dizer que este modelo de tope agrada por seu bom acabamento, o conforto oferecido a bordo tanto ao motorista como aos passageiros é bom, a insonorização do conjunto satisfatória. Em suma, não se encontram, levando em consideração a faixa de preço em que se situa, pontos discutíveis. A este respeito, por sinal, vale lembrar que o carro testado custa a partir de R$ 61.800 reais, acima dele existe uma versão mais cara e pode ser ainda incrementado com um elevado número de opcionais. O preço final, assim sendo, depende diretamente das exigências do comprador e pode chegar beirar uns 80 mil reais.
Analisando a parte mecânica vale lembrar que o motor fornece 139 cv quando alimentado com álcool e 135 quando usamos gasolina, sendo que o torque máximo, fornecido a 3.750 rpm, é, respectivamente, de 19,27 e 18,75 kgfm. É importante ressaltar, porém, que a curva de torque tem um trecho quase plano e isto é sentido na pronteza com que o motor responde às solicitações do acelerador. Para quem não tem muito conhecimento de mecânica, isto é entendido como sinal de “força” do motor, pois aumenta a dirigibilidade e reduz a necessidade de troca de marchas. Por sinal, quando isto é necessário, o bom câmbio mecânico de 5 marchas atua sempre a contento, com engates precisos e suaves.
A estabilidade é satisfatória e representa um bom compromisso com o conforto, como se espera de um carro que tem características
tranquilas e não almeja ser conduzido de forma esportiva e no limite. Na frente a suspensão é do tipo McPherson, com braços oscilantes inferiores transversais com barra estabilizadora enquanto atrás temos o tradicional eixo de torção. Da mesma forma o sistema de freios, com discos ventilados na frente mas a tambor na traseira, não merece reparos e para o carro em espaços normais.
Por fim vale dizer que a visibilidade geral é boa, em todas as direções, o que completa um panorama bastante positivo para o Argo.
Com relação ao consumo, vale dizer que rodando com ele na cidade, sempre com ar condicionado ligado, obtivemos, com álcool, a marca de 5,8 km/l que julgamos satisfatória.
Isto completa o positivo retrato deste modelo de tope da linha Argo. Resta agora ver como o mercado o receberá e qual será sua cota de vendas no interior da gama.