Chega ao fim a era Cuca no Palmeiras. Um acúmulo de maus resultados culminou a demissão do treinador. O empate de 2 a 2 cedido ao Bahia foi o estopim para a diretoria promover a reunião e realizar, “em comum acordo”, o desligamento de Cuca.
Só que uma sequência de maus resultados não me convence como fator maior para a demissão. Após a conquista do Brasileiro do ano passado, Cuca havia saído para tirar um ano sabático, como justificou, quando na verdade foi embora devido a conflitos com a diretoria comandada por Paulo Nobre. Três meses depois, retorna ao clube ao alviverde, agora sob a era Maurício Galliotte, e se depara com um elenco mais inchado e com muitas peças com as quais não gosta de trabalhar (volante de marcação, como Felipe Melo, e um atacante de referência, caso de Borja).
Diante disso, alguns pontos são fundamentais para analisar a segunda passagem de Cuca. O primeiro tem respeito ao elenco: aquele que gasta um caminhão de dinheiro espera ter grandes resultados. O maior resultado que o treinador deixou foi uma briga por uma vaga na Libertadores; mas o elenco não pode ser o maior problema, pois algumas contratações pontuais foram feitas. E mais: Cuca tem potencial para tirar o melhor futebol de seu grupo, e até por isso as exigências são maiores.
Só um título na temporada manteria Cuca à frente do Palmeiras. Assim como todo clube grande, o alviverde que construir a sua hegemonia no país, e por isso vai atrás de técnicos campeões.
Após faturar a Copa do Brasil, Mano Menezes é o nome da vez. Uma reunião na semana que vem, em Belo Horizonte, com a nova direção do Cruzeiro vai indicar qual será o futuro de Mano Menezes. O que é certo: se aceitar, Mano só começa os trabalhos na capital paulista após o término desta edição do Brasileiro. Além disso, o alto poder de investimento que o Palmeiras tem deve seduzi-lo.