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De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a balança comercial apresentou em setembro superávit de US$ 5,2 bilhões — R$ 16,3 bilhões —, recorde para o oitavo mês consecutivo. Isso representa alta de 24% para a exportação e 18% na importação, os maiores para o mês de setembro nos últimos três anos.
Com os números supracitados, têm-se o maior superávit desde que começaram a ser computados, em 1989. Tais crescimentos devem provocar revisão para o ano, de acordo com Abrão Neto, secretário de Comércio Exterior do MDIC. A estimativa de encerrar o ano com excedente de US$ 60 bilhões, segundo ele, deve ser elevada.
“Temos um superávit com crescimento tanto das exportações quanto das importações. Pelas exportações, verificamos crescimento não só do valor, mas também das quantidades exportadas, em todas as categorias de produtos, além de aumento no número de empresas exportadoras”, observou Abrão.
Mês de setembro
O nono mês do ano teve US$ 18,7 bilhões — R$ 97,2 bi — em exportações, com destaque para o recorde de embarques de soja em grãos, 178% superior ao mês anterior, com um total de US$ 1,6 bilhão. O período também apresentou grandes volumes de vendas de milho em grão, automóveis, máquinas para terraplanagem, motores e turbinas para aviação, entre outros produtos.
As importações no período também atingiram números inéditos, onde as compras internacionais obtiveram elevação, algo não visto desde janeiro de 2012. “Este é um indicativo positivo de recuperação da economia. Confirmaremos essa tendência nos próximos meses, mas é fato de que a média diária de importações vem apresentando crescimentos nos três últimos trimestres”, avaliou o secretário.
Acumulado
De janeiro até setembro de 2017, as exportações apresentaram valor de US$ 164 bilhões — R$ 516 bi —, crescimento de 18,7%, pela média diária, em relação ao mesmo período de 2016. O crescimento expressivo foi verificado nas três categorias de produtos. No período, houve avanço substancial nas vendas de petróleo em bruto (88,5%), semimanufaturados de ferro e aço (51,4%) e óleos combustíveis (101%).
Já as importações somaram US$ 111,325 bilhões — 350,6 bi —, 8,5% acima, pela média diária, sobre o mesmo período anterior. Também houve crescimento de combustíveis e lubrificantes (35,3%), bens intermediários (11,4%) e bens de consumo (5,7%), enquanto que caíram as compras de bens de capital (-18,6%).