Dependendo como forem as vendas, há a possibilidade da marca erguer uma fábrica no Brasil
Foto: divulgação
Em sua terceira passagem pelo Brasil, a primeira de 1995 a 1998 e a segunda entre 2001 e 2015, a SsangYong volta em busca de resgatar a credibilidade da marca junto aos clientes. A responsabilidade da empreitada é da Venko Motors, operadora nacional de importação, exportação e gestão automotiva, que fechou contrato com a montadora e será responsável pela venda e pós-venda dos veículos da sul-coreana.
O contrato foi assinado em março quando começou a estruturação da rede de distribuição e de serviços. Quinze pontos de atendimento já estão credenciados, alguns são antigos operadores da marca, e o objetivo é terminar este ano com 30 concessionárias e chegar a 50 até o fim de 2018. O acordo entre as partes é de dez anos com possibilidade de renovação a cada cinco.
Segundo Marcelo Fevereiro, diretor técnico da Venko, os proprietários dos cerca de 16,5 mil veículos SsangYong, que durante dois anos ficaram desamparados, voltarão a ter suporte técnico. Para resgatar a confiança dos brasileiros, a empresa prepara a rede para realizar atendimento premium aos clientes.
“Esses clientes são agora de nossa responsabilidade e a intenção agora é assegurar as garantias dos carros que foram vendidos pelo antigo importador. Se restarem três meses de garantia, concederemos esse mesmo período, lógico, depois de analisarmos as condições do veículo. ”, assegura Fevereiro.
Para poder dar a assistência necessária já está em construção um centro de distribuição de peças com mais de 10 mil m² na cidade de Salto, interior de São Paulo, que já começa a receber peças e componentes de novos e antigos modelos, em sua maioria vindos da Coreia do Sul. No centro também serão produzidos os motores da empresa, antes fornecidos pela Mercedes-Benz.
Produtos
A ideia é começar a oferecer quatro modelos: os já conhecidos Actyon Sport e Korando, e o XLV e o Tivoli, todos reestilizados. Segundo a empresa, os veículos são renovados e posicionados nos segmentos de picapes e SUVs, os que mais crescem no mercado nacional.
Há poucas informações sobre os veículos: o Tivoli, o XLV e o Korando são utilitários esportivos, sendo os dois primeiros equipados com motor 1.6 litro a gasolina de 128 cavalos e o Korando e a picape média Actyon Sport com motor diesel 2.2 de 180 cv, câmbio Aisin de seis velocidades e tração 4×4.
Os preços não foram divulgados, mas, segundo o presidente da SsangYong do Brasil, Nelson Pittorri, serão muito competitivos e estarão dentro dos parâmetros da concorrência, inclusive dos modelos nacionais.
Há estudos para a importação de outros modelos e do desenvolvimento de motores flex para atender ao mercado nacional, assim como não está descartada a produção em solo brasileiro. Tudo dependerá dos resultados alcançados e da demanda interna
