Informações circulam de que a Holden, subsidiária GM na Austrália, vai parar de produzir carros naquele país ainda em 2017, o que, se confirmado, acarretará na demissão de 2.900 funcionários e risco para outros 45.000 trabalhadores ligados à produção de peças e componentes. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.
Nos últimos anos, a indústria automotiva australiana tem enfrentado uma situação única. A moeda local vem em crescente fortalecimento, enquanto que há queda na demanda por veículos e o interesse do governo para auxiliar a indústria de carros quase não existe.
De acordo com a publicação, a Holden vai reajustar suas operações com o objetivo de que os seus componentes produzidos sejam destinados para outras plantas no mundo, enquanto que o mercado australiano será abastecido apenas com as importações.
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Em dezembro de 2013, a subsidiária GM anunciou que suspendeu a produção de motores e outros itens para o período de quatro anos, que se encerra em 2017 e que permitirá à empresa conciliar com os últimos carros a serem montados na planta de Adelaide.
A Holden chegou a fechar um acordo comercial com o braço GM na Nova Zelândia, chamada de GM New Zealand, mas deixou de operar na década de 1990, também pelos baixos números de vendas.
A marca Holden tem sólida reputação no mercado local, com boas vendas do sedã médio Commodore, por exemplo. Há também forte presença no esporte automotivo, ao lado da equipe Holden Racing Team, sempre forte candidata ao pódio da tradicional corrida Bathurst 1000.
Outras
A marca não foi a única fabricante a deixar o país. Pouco tempo atrás, a Ford tomou semelhante decisão ao interromper sua produção e atuar como importadora para melhor atender as demandas de mercado. Renault, Chrysler, Nissan, dentre outras, também já deixaram a Austrália.