Como esperado, tendo em mãos uma Mercedes absolutamente favorita em Monza, Hamilton venceu o GP da Itália e, com o feito, agora leva vantagem de três pontos sobre Vettel, que recebeu a bandeira quadriculada na terceira posição.
O domínio das flechas de prata foi notório e notável nos dois primeiros treinos livres e mesmo na classificação, que acabou beirando a loteria, por conta da forte chuva, Hamilton garantiu-se na pole, 69ª em sua carreira na F1, novo recorde, superando em uma a marca de Michael Schumacher.
No domingo, com tempo firme, o inglês controlou a prova com perfeição e tranquilidade, tendo em seus retrovisores uma visão confortável, a de seu fiel escudeiro Bottas, que no começo precisou superar Stroll e Ocon para subir ao segundo posto.
A proximidade demonstrada pela Ferrari em relação à Mercedes há uma semana, em Spa-Francorchamps, não se repetiu em solo italiano, o que tornou bem mais cômoda a empreitada do time da estrela de três pontas.
Se a dobradinha da Mercedes era “bola cantada”, com vitória de Hamilton, restou que o espectador direcionasse as retinas aos postulantes à terceira vaga no pódio, que acabou mesmo com Vettel, que não conseguiu em momento algum ter condições de acompanhar o ritmo do inglês e do finlandês.
Merece destaque a boa largada de Ocon com sua Force India, que tomou o segundo lugar de Stroll e, apesar de não ter um equipamento em condições de brigar com Bottas e Vettel, conseguiu um honroso sexto lugar, uma posição à frente das duas Williams, de Stroll e Massa, que travaram uma boa disputa final pelo sétimo lugar.
Outro que mais uma vez teve atuação de encher os olhos foi Ricciardo. O australiano, que largaria em terceiro, não fosse a punição recebida por troca de componentes de sua unidade de potência, partiu do 17º lugar e foi subindo consistentemente para terminar em quarto, mais uma vez melhor que Verstappen, seu companheiro de equipe, que se envolveu em um toque com Massa no começo e precisou fazer uma parada prematura nos boxes para reparos em sua Red Bull, e levou apenas um ponto, em décimo.
As equipes, agora, deslocam seus equipamentos da Europa para a Ásia, mais precisamente Singapura. Em duas semanas acontece a etapa noturna no circuito de Marina Bay, onde a vitória no ano passado foi da Mercedes, com Rosberg.
Mas, diferente de Spa e Monza, o circuito urbano tende a ser mais auspicioso para a Ferrari. Aliás, Vettel é o maior vencedor da prova, com quatro triunfos.
A disputa pelo campeonato, que ainda terá mais sete etapas, sinaliza para que Hamilton e Vettel continuem protagonizando os melhores capítulos deste filme, cujo final deverá ser conhecido apenas na derradeira cena, ou seja, o GP de Abu Dhabi.
