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Se para as vendas de autos e comerciais leves feitos no Brasil o mês de agosto obteve resultado positivo, o mesmo pode ser dito pela Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores –, que, no mesmo período, computou elevação de 4% em relação a julho. Foram duas mil 712 unidades para o mês sete e duas mil 821 para o oito.
Comparados com agosto de 2016, os veículos importados ainda mantêm queda de 3,9%. Sobre os emplacamentos acumulados nos oito primeiros meses de 2017, os números foram de 18 mil 822 unidades, baixa de 23,1% frente igual período do ano passado, quando foram vendidas 24 mil 473 unidades.
Para a entidade, com 17 marcas filiadas, o alívio é o fim do regime Inovar-Auto, a menos de 120 dias.
“Não estamos comemorando, mas o fim do Inovar-Auto é um alento para o setor de veículos importados, que poderá vislumbrar a possibilidade de retomar suas vendas. Chegamos ao auge de 199 mil veículos licenciados em 2011, caímos para 35 mil no ano passado e nossa previsão é fechar o ano com 27 mil unidades. Com o fim dos 30 pontos percentuais do IPI, o setor projeta recuperação. Podemos chegar a 40 mil unidades em 2018”, explica José Luiz Gandini, presidente da Abeifa.
Participações
Em agosto, com quatro mil 774 unidades licenciadas (importados mais a produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,27% do mercado total de autos e comerciais leves (209.871 unidades). No acumulado, o market share – o quanto as empresas têm de atuação no segmento – foi de 2,19% (30 mil 211 unidades, do total de um milhão 380 mil e 298 unidades).
Um pouco do programa Rota 2030
Trata-se de uma evolução do sistema Inovar-Auto, que termina em 31 de dezembro de 2017. O programa visa estabelecer metas para as fabricantes de veículos e também de autopeças, com enfoque no reposicionamento do País como um dos mais produtivos para o mercado mundial em um prazo de até 13 anos – tal qual é o nome.
São incentivos que focam na sustentabilidade e segurança para os veículos. Uma das propostas é a alteração sobre a forma de cobrança do IPI – Imposto sobre Produto Industrializado –, atualmente mensurado pela capacidade cúbica do motor. Por exemplo, um propulsor 2.0, hoje, paga mais alíquota do que o de 1 litro.
No entanto, para o novo regime, a porcentagem seria calculada baseada na eficiência energética de cada modelo. Um alívio para as versões híbridas e elétricas, que seriam os mandachuvas em relação às pontuações a serem pagas. Além disso, questões, como a segurança dos carros, a revisão da cadeia de autopeças e a questão das inspeções veiculares também serão reavaliadas para a nova proposta.