Quinta-feira, em Porto Alegre, o Brasil enfrentará o Equador em jogo válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo. E o fará, uma vez mais, sem ter podido treinar pelo menos uma semana. Com Tite recebendo seus jogadores pouco por vez, como se a convocação fosse para um churrasco, onde cada qual chega quando pode. E, às vezes, encontra os demais já comendo.
Nessas condições não se pode racionalmente exigir uma apresentação de gala, que encha os olhos e satisfaça a todos. Pois é suficiente uma releitura do passado distante para verificar que o Brasil encantou quando teve tempo, muito tempo para treinar. Apenas para citar o primeiro exemplo que me vem à memória, a Copa de 1970 viu a seleção ficar mais de um mês no interior do México se preparando, variando esquemas de jogo e até mesmo jogadores. E assim mesmo, só acabou se encontrando no segundo tempo do jogo inaugural, para então encetar uma caminhada vitoriosa até a conquista de seu terceiro título mundial .
Atualmente o que se pode pedir a Tite e seus comandados é uma vitória, seja pelo escore que for e sem a obrigação de jogar bem. Pois assim o Brasil vai consolidar sua posição nas eliminatórias e ver cada vez mais de perto a Copa do ano que vem.