A Copa do Brasil acabou dando, aos dois times que jogavam em casa, o passaporte para a grande final. No Maracanã, desta feita com mando do Flamengo, o rubro-negro, após um primeiro tempo equilibrado, conseguiu merecidamente chegar ao gol, com bela finalização de Diego. E o Botafogo acabou curvando-se à superioridade do adversário que, no todo, tem um pouco mais de qualidade técnica.
Após ter disputado dois jogos sem conseguir marcar um único gol, o Botafogo, que tem no conjunto sua arma melhor, não pode se queixar e, passado o desencanto, terá que reconhecer que o melhor time carioca foi à final. Isto sem que se possa dizer que foram dois grandes jogos, já que, numa análise desapaixonada, o nível técnico não foi lá essas coisas.
No Mineirão o jogo foi de melhor qualidade e apresentou, desde o início, um só esquema tático. O Cruzeiro tocando a bola ofensivamente, mas não conseguindo nada além de um estéril domínio de meio de campo já que a criação da jogada conclusiva era sempre impedida pela atenta defesa do Gremio.
Este, por seu lado, apostou todas suas fichas no contra-golpe, com Barrios mais à frente para criar confusão na defesa mineira, mas falhou sempre no passe final.
A decisão aconteceu logo no começo do segundo tempo, quando Mano Menezes resolveu colocar um homem mais à frente e assim acabou com a relativa tranquilidade da defesa gremista.
A marcação do gol, numa jogada de escanteio, levou Renato Gaucho a mudar o próprio esquema. Renunciou ao centroavante fixo e apostou na velocidade e na movimentação de seus atacantes. Isso não deu certo, e o jogo acabou com a merecida vitória do Cruzeiro por 1-0, invertendo o placar verificado em Porto Alegre e obrigando a cobrança de penais para apontar o finalista.
Aí assistimos a um festival de erros por parte dos jogadores do Gremio, que conseguiram errar 3 dos 5 penais enquanto seu goleiro Marcelo Grohe conseguia defender 2 dos 5. Assim o Cruzeiro se classificou para a grande final e ao Gremio só restou lamentar não ter sabido aproveitar as chances táticas que teve.