O São Paulo perdeu uma grande oportunidade de amenizar a crise. A sequência contra Atlético-GO, o lanterna da competição, e Chapecoense, que acumulava seis jogos sem vitória, veio na hora certa e foi aproveitada da pior maneira.
Agora são nove jogos consecutivos sem vitória, e pela frente tem Vasco, Grêmio (ambos em casa) e Botafogo (fora). Todos brigam por alguma coisa na parte de cima da tabela, sendo que o tricolor gaúcho é o vice-líder.
Enquanto não vencer, a confiança do São Paulo no Brasileiro diminuirá cada vez mais. Assim, a esta altura do torneio, o maior trabalho de Dorival Júnior não está mais voltado ao aspecto tático, mas ao psicológico.
Diante da Chapecoense, a equipe paulista desestabilizou após sofrer o primeiro gol, de bola parada — jogada que há muito tempo já deu provas de ser o ponto fraco da equipe.
O São Paulo não empolga porque não está motivado. Contratou um exército de jogadores, que entram em campo e muitas vezes não sabem o que fazer com a bola.
Não é culpa de Dorival, muito menos de Ceni.
Se o São Paulo tinha um planejamento para 2017, ele foi dizimado em menos de um mês. Agora, é preciso começar do zero, com Dorival — e olha onde ele foi se meter. Se o novo treinador conseguir tirar o São Paulo dessa rapidamente — porque Leco o contratou para resultados imediatos — será ainda mais respeitado pelo país.